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21 de outubro de 2004

Governo Malvado

Das notícias que, durante o dia de hoje, fui ouvindo na rádio (Antena 1, serviço público) retive, por ordem cronológica, o seguinte:

1) O Governo quer “avaliar” o Director de Informação da RTP;
2) O Governo quer transformar a RTP no “braço armado” da sua “central de informações”;
3) O Governo anunciou a intenção de transformar os professores desempregados, ou sem serviço, em amanuenses auxiliares de Tribunal;
4) O Governo mandou a PSP agredir brutalmente os estudantes que, de forma totalmente ordeira, cortaram o trânsito na Rua Padre António Vieira (Coimbra) e, também de forma irrepreensível, pretendiam invadir uma reunião do Senado Universitário;
5) O Governo mandou que os membros do Conselho Superior da Magistratura indicassem uma senhora, não magistrada, para presidente do Centro de Estudos Judiciários.

Não há qualquer dúvida!
Este é um governo malvado!
Um governo que tem prazer em “fazer mal”! Um governo que, como se vê (neste caso, como se ouve) já acabou com a liberdade de imprensa em Portugal.
Como sou homem de coragem, não temo as represálias que sobre mim se vierem a abater por, num acto de indignação, aqui deixar o meu veemente protesto por esta escalada contra o direito fundamental à liberdade de expressão.

Constou-se-me que até já há autores de blogs deportados (só não tenho a certeza se foram para o Tarrafal ou para a Sibéria).

Ao que nós chegámos...

Tenho estado a pensar que talvez tenha sido, também, por ordem do Governo que o PSG ganhou 2-0 ao FCP. Fará parte do plano calar algumas vozes incómodas que se têm vindo a ouvir lá para aquelas bandas nortistas.

(isto devia ter sido publicado ontem, 20, mas o Blogger ficou “inop”)

4 comentários:

Anónimo disse...

talvez esta leitura te faça bem- Henrique Monteiro - Expresso
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Da intolerável e canhestra pressão do Governo e da TVI sobre Marcelo Rebelo de Sousa já muita gente falou. Até o insuspeito Cavaco Silva. No entanto, o que agora aconteceu a Marcelo pode ser apenas a ponta de um enorme icebergue; uma consequência do formidável peso que o Governo tem na Comunicação Social e que só é comparável aos velhos tempos da imprensa nacionalizada.

Do Estado, propriamente dito, dependem a RTP e a RDP com os seus canais e ainda a agência Lusa. Do grupo da PT, que o Estado dirige através de uma famosa «golden share», já fazem parte o «Diário de Notícias», o «Jornal de Notícias», o «24 Horas» e a TSF só para citar os órgãos mais importantes. E agora, devido a propaladas negociações que envolvem a possível compra, pela PT, do grupo Media Capital (proprietário da TVI) este impressionante bloco de comunicação que, em última análise depende do Estado, ou seja de quem está no Governo, poderia ainda reforçar-se com uma televisão e várias estações de rádio.

Pode pensar-se que nada disto é importante ou significativo, mas a verdade é que o «Diário de Notícias», apesar de vender menos, faz impressionantes campanhas de «marketing», com ofertas sucessivas de produtos, próprias de quem não tem preocupações de dinheiro. Enquanto o «24 Horas» dá corpo a algo de inédito em todo o mundo: um tablóide sensacionalista que é propriedade do «grupo Estado».

Se somarmos esta impressionante presença dos poderes públicos na Comunicação Social a um Governo formado por gente canhestra, populista, alguma dela sem sensibilidade para compreender o que é a liberdade de informação, temos como resultado um panorama verdadeiramente sombrio.

Infelizmente, é o que temos.
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Ficamos portanto a saber que o senhor azurara concorda com a cabala? Acha que as incriveis declarações de rui Gomes não são simples atestado de incompetência , mas são verdades?
Acha que as declarações de Morais Sarmento, traduzindo de facto o desejo de controlar a programação da RTP, não são formas inaceitaveis de controlo da liberdade de imprensa?
Ou seja o tio Alberto João da MAdeira com todo o seu sistema de funiconalização da população, de controlo apertado dos jornalistas é o modelo a seguir conforme parece ser intenção de Santana?
Portanto o caro Azurara concorda com essas medidas?
Concorda ainda com esta estupidez- o homem fala sem pensar- em colocar professores como assessores do ministério da justiça? Ao menos as férias eram maiores.
Será que hoje já temos os professores todos.. é que o natal aproxima-se.... e afinal eles continuam a faltar...
MAs falando a sério... azurara - és a única pessoa neste país que defende este governo. Nem no psd isso acontece.é ver o Pacheco, o marcelo....
Se não te conhecesse eu quase diria que és uma santanete:))) com uma mágoa tão grande por ver o PSD atacado.
O governo de Durão podia ser criticado , mas tinha um primeiro ministro. Podiamos não concordar mas existia um fio condutor da sua política. ERA UM GOVERNO. Mas este? Tem alguma ponta por onde pegar? Desde a sua formação.. até hoje, são gaffes, gaffes...
Mas porque será que estes ministros não pensam antes de falar. Custa assim tanto?
do mocho

Agnelo Figueiredo disse...

Caro Mocho
Eu não defendo nem deixo de defender este, ou outro Governo. Tento fazer uma análise objectiva, desapaixonada, daquilo que se passa. Não tenho ideias preconcebidas que tento, a qualquer preço, fazer provar.
A este propósito, é interessante notar que (ver o teu post) o Durão não era, afinal, tão mau como isso. Era "UM" primeiro ministro!
Contudo, contrariamente a todos os governos constitucionais de Portugal, pós 25 de Abril, nunca gozou de um "estado de graça". Desde o dia das eleições que foi, sistematicamente, alvo de uma campanha concertada por parte dos jornalistas e dos comentadores. Sempre foi estigmatizado porque, neste curioso país, nunca se aceitou que um partido de orientação social-democrata pudesse formar governo com um outro do centro-direita. Ora, este pensamento, além de preconceituoso, ilustra de forma clarividente a recusa da aceitação de uma democracia representativa.
De facto, se assim acontecesse, as críticas teriam surgido na sequência de medidas tomadas pelo governo em vez de, como se verificou, ainda antes de qualquer acção.
Foi por esta razão que, aquando da ida de Durão Barroso para a Europa, aqueles criadores de factos viram uma janela de oportunidade. Era o momento para, numa jogada palaciana, subverterem os resultados eleitorais (que são válidos por 4 anos). Assim, ainda antes de se falar em Santana, já andavam todos de cabeça perdida a pedir a dissolução da AR. Atenção que isto é História!
Assim, o problema nada tem a ver com Santana. Terá muito mais com Portas, mas, sobretudo, com um governo que (o do PSD) que quer fazer reformas mexendo em "vacas sagradas" e em "conquistas de Abril". Este é que é o verdadeiro problema! O Santana, com a sua "mística" muito especial, apenas lhe veio dar ainda mais alento.
Hoje chegámos ao ponto de transgormar um exemplo dado pelo PM numa conversa com jornalistas numa "intenção" e uma frase de um ministro, retirada do contexto, numa "tese".
ISTO NÃO É SÉRIO!!!

Anónimo disse...

essa do golpe palaciano ....
queres melhor definição do que fez santana???

Anónimo disse...

espera lá... acreditas que este governo vai tentar fazer reformas?????????????????????????
acreditas??????????????????????????????
ainda acreditas??????????????????????????????
Até parece que não conheces o santana... olha a inefável lady da educação já deu hoje um exemplo de reformas. cedeu em toda a linha à FNE.
reformas................................. só se for nas reformas da função pública.
outra vez o mocho