gerado por sloganizer.net

30 de junho de 2005

Formação Cívica

Um dia destes tive oportunidade de observar um painel elaborado por alunos. Era um enorme placard, coberto com papel de cenário, no qual, os alunos de uma turma do 9º ano, tinham escrito slogans. O trabalho tinha sido feito (estava lá escrito) durante as aulas de Formação Cívica.
Fiquei siderado pela natureza das frases que os miúdos (com o professor) lá tinham escrito. Hoje vou aqui pôr apenas duas:

"Vive cada dia como se fosse o último"
(vamos fazer tudo hoje; não há futuro; não há "amanhã"; se houver logo se vê; para quê trabalhar? ; Responsabilidade? Para quê?)

"Não quero saber nada do que se passa pelo mundo. Só quero viver a minha vida"
(sem comentários)

Caros amigos, o que pensais disto? Dizei, por favor.

Jobs

Toda a gente sabe que o partido socialista não faz nomeações políticas. É público e tem vindo a ser repetido exaustivamente. Bom, a não ser para cargos de "alta direcção" da administração pública, ou para empresas do sector público estatal em que os "actuais gestores não estejam em perfeita sintonia com o Partido". Estão no primeiro caso, por exemplo, as secretárias do Primeiro-ministro (alguém me disse que serão, afinal, secretários) bem como os motoristas e outro pessoal de "alta direcção". No segundo caso, enquadram-se as Galps, as Águas, os Vinhos, etc.). Muito bem!
Mas hoje tive um lamiré:
Ao que parece, vamos ter um novo Coordenador Concelhio do Ensino Recorrente.
Este caso pertencerá à primeira categoria (alta direcção), ou à segunda (sintonia dos gestores das empresas públicas)?
Responda quem saiba.
O Azurara aproveita para apresentar cumprimentos ao Coordenador agora saneado exonerado, o qual desenvolveu um excelente trabalho na organização de oportunidades diversificadas de formação direccionadas para adultos fora da idade escolar, algumas das quais tivemos oportunidade de acompanhar, já que decorreram na nossa Escola.

29 de junho de 2005

Cidadania em Acção

Na sequência da iniciativa levada a efeito com a publicação de um anúncio-cartaz, na edição de O Independente, de 17 de Junho, e no rigoroso cumprimento de compromisso então assumido em comunicado igualmente divulgado, os bloguistas Azurara, Ruvasa, Sulista e Tira Nódoas vêm anunciar a criação informal de

cidadania em acção
movimento cívico e apartidário
que se bate pela gestão criteriosa e isenta dos recursos públicos e pela moralização da política portuguesa, com sede na Blogosfera, na morada cidadania em acção, com o url
onde esperam a visita de todos os interessados que queiram, ou não, aderir ao movimento e com ele colaborar.
2005 Junho 29

Contitas

Fui fazer as contas do Mocho quanto à sustentabilidade da Segurança Social, face aos descontos dos contribuintes e aos valores das pensões. O quadro resumo está abaixo.
Considerei o meu vencimento, uma taxa de 10% de desconto para a aposentação, uma taxa de 4% para a rentabilidade do dinheiro descontado e um prazo de descontos de 30 anos.

É só olhar. Ao fim de 30 anos (420 meses) teria lá quase 268.000,00€.
Com uma pensão de 2.500,00€ mensais, dá para pagar durante 10 anos, 14 meses por ano. Ou seja, daria para me pagar a reforma até aos 75 anos!
Acresce que o período de descontos vai ser superior, e muito, aos 30 anos (30 já eu tenho).
Concluindo: Se eu não tivesse que pagar a reforma de outros, chegaria bem para mim.

Manobras de diversão


Pois claro.
É preciso desviar as atenções para outros campos, nem que seja para assuntos que estão longe de ser prioridades.
Pateta!

Paradismo atávico

Nesta santa terrinha de mangualde, não acontece mesmo NADA

Desobediência Civil


Certo! Mais uma vez certos, os jovens bloquistas.
Aliás, a Constituição existe para ser desobedecida. Havia de servir para quê?

O Azurara já enviou ao Bloco um pedido para frequentar o workshop sobre desobediência civil que irá decorrer durante o magnífico acampamento de Seia, explicando que pretende aprender aquelas técnicas para poder ir desobedecer na Coreia do Norte. Desobedecer, a malta desobedece em qualquer lado.
O Azurara não sabe se será aceite no curso, nem sabe o valor das propinas. Mas sabe, porque teve um lamiré, que a erva vai ser da boa!

28 de junho de 2005

Comentar é difícil?

O Azurara pede a todos os amigos e visitantes que reportem dificuldades inusitadas para comentar artigos.
Tendo mudado o sistema de comentários para Haloscan, e havendo alguns indicadores que pontam para dificuldades acrescidas, agradeço a vossa ajuda.
Obrigado.

Azurara

Galicia


Os emigrantes acabaram por votar nos socialistas e impedir a continuação do PP de Manuel Fraga Iribarne na Xunta de Galicia.
Estes emigrantes não lêem jornais? Não sabem o que acontece quando os socialistas chegam ao governo? Os jornais estrangeiros não falam da nossa (triste) situação?
Bom, também é verdade que os emigrantes votam para os que "" estão, na Galiza. Eles estão no estrangeiro...

27 de junho de 2005

Quero pagar!

Sim! Quero pagar!
Estou farto desta merda de País onde se convenceu toda a malta que tudo é à borla. Ora, como toda a gente sabe, o que é à borla não tem valor e torna-se uma obrigação.
Por isso quero:

Pagar as propinas dos meus filhos que estudam na universidade;
Pagar as propinas dos meus netos quando entrarem para a escola primária;
Pagar a factura do hospital ou do centro de saúde quando tiver de lá ir;
Pagar quando viajar nas autoestradas;

E quero pagar os custos reais.

Também quero:

Pagar 10% do que ganho para ajudar a pagar as contas dos que têm mais dificuldades;
Pagar 5% do que ganho para financiar melhorias gerais do país e do mundo;
Pagar 10% do que ganho para financiar a pensão que receberei quando não puder trabalhar mais;

E não quero pagar mais imposto nenhum porque não sei o que fazem com o meu dinheiro!

Guimarães

Saia uma coligação eleitoral rapidinha!

Caso contrário, o Dinis vai perder as eleições.
(e o advogado das "causas populares" irá nessa?)

Em braile

João Soares editou uma versão do seu manifesto eleitoral em braile.
Fez muito bem!
Efectivamente, é preciso ser cego (e surdo, e desmemoriado) para votar no homem.
(e com aquele ajudante demagogo e populista...)

26 de junho de 2005

Embustes monumentais


Um na Guiné: o Kumba diz que o povo votou todo nele mas as cruzes nos boletins foram mudadas de sítio;
Outro em Portugal: O Pinto de Sousa diz que o anterior governo não fez um orçamento que contemplasse as promessas eleitorais dele.´

Embustes há muitos ... seu p...

6,83 – 6,24 = 0,59 %

É quanto irá diminuir o défice público depois de aprovado orçamento rectificativo.
Ora bem, com este novo orçamento, as receitas vão aumentar por via do aumento dos impostos - o IVA e o sobre os produtos petrolíferos. As despesas, por seu turno, deveriam diminuir. Quanto mais não fosse, pelo “congelamento” da progressão nas carreiras (há muitos tipos que deveriam mudar de escalão e já lá não vão das pernas – o relógio foi travado), a despesa deveria baixar.
Ou seja: se a receita aumenta e a despesa baixa, o saldo negativo deveria diminuir, e bem.
Mas não! Fica-se pelo meio ponto percentual. É muito pouco. Não pode ser. Nem o meu cão, quando ouviu, acreditou.

Disse ele que tem de haver novas despesas que não estavam consideradas antes. Eu lembrei-lhe a “promessa” das SCUT’s. Que não, que não chega para explicar tal inoperância. Falei-lhe na dívida dos hospitais. Que não, que ainda não chega para explicar tanta ineficácia. Não se cala. Está fulo. Quer saber para onde vão os 100 gramas de ração diária de que abdicou, solidariamente, para contribuir para o equilíbrio das contas públicas.
Eu também penso que deve haver por aí despesa nova quando devíamos estar a “cortar”.
Quem é que está a ficar com o meu “sacrifício”?

25 de junho de 2005

Ai que nojo...

Estava ali a olhar para a TV e vi uma coisa que ... que nojo ... "fricatrice" e "tríbade" ainda vá que não vá, mas ... os outros ...
Baaaahhh! Ptffff, ptffff, ptffff...

Não foi gaffe

Ai não foi, não! O senhor até estava a ler!

Ele pensa mesmo (e escreve) que o défice orçamental pode pôr em causa a indêpendência nacional.
O Azurara apela daqui a Sua Excelência o Senhor Presidente da República para que condene vigorosamente este dislate e o seu autor. O Azurara está convencido que, coerentemente, Sua Excelência o Senhor Presidente da República continua a defender que "há mais vida para lá do défice".

Haloscan

Deu bronca.
"Quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão se..."
É isso! Perdi os comentários dos meus amigos, anteriores à mudança para este sistema. E, ainda pior, até lhes paguei os 12 USD para poder recuperá-los.
I'm sorry.

Curioso

Deveras curioso.
Houve muito poucos comentários a meu último post. E, os poucos que surgiram foram, sei lá, "acanhados", "envergonhados", "timidos". Perante aquela exuberância toda, aquele exalar de feromonas que até viajam no cabo e brotam do monitor, esperava algo menos desinibido. Mas não!
Se calhar sou eu que ando distraído. É possível. Com os tempos que correm, talvez tenha começado a ser politicamente incorrecto manifestar uma orientação sexual "hetero", mesmo que o "trigger" respeite as especificações do modelo apresentado.
Talvez...

24 de junho de 2005

Hummmmnhammmnhammm.....

Era suposto escrever sobre a prestação do nosso primeiro, hoje, no parlamento. Era suposto abordar aquele discurso demagógico e populista preparado para indivíduos com necessidades educativas especiais. Era suposto, sim senhor.
Só que, entretanto, abri a Visão na página 118, e ... varreram-se-me as ideias. Fiquei embotadinho de todo.
A revista devia ter, na capa, o aviso:
Conteúdo susceptível de provocar alterações do ritmo cardíaco do leitor!


PS: Vi-me "à brocha" para publicar a foto. Até o "hello" ficou excitado!

Livro Branco


É como vedes. Mais um livro branco. É que sempre dá mais uma comissão, e algumas nomeações de boys.
O governo extinguiu a Comissão Nacional de Luta contra a Sida, mas já resolveu o problema da colocação de três dos seus directores. Vão para o nóvel Alto Comissariado da Saúde.
Também este livro branco da Segurança Social vai ser elaborado por uma comissão. Sempre são mais uns "jobzinhos".
O Azurara sugere que se aproveite a vasta experiência de dois membros do governo que, já em 1998, apresentaram um Livro Branco da Segurança Social: Correia de Campos, actual ministro da saúde, foi o presidente da tal comissão de 1998. Ah, e Augusto Santos Silva tinha lá um lugar importante (acho que era "vice")
Agora estão ambos no governo...
Mas há uma questão:
O que é que aconteceu? O livro branco de 1998 não produziu qualquer resultado. De facto, entre 1998 e 2002 – consulado socialista – nada se fez no domínio da sustentabilidade da Segurança Social. Porquê? O livro estava errado? O PS não quis avançar com as medidas então preconizadas? Como foi?
Lembro que esta reforma (a da Segurança Social) foi uma das preocupações do governo de Durão Barroso, tendo granjeado contestação generalizada, desde os sindicatos, até aos partidos políticos da oposição, razão pela qual pouco se pôde avançar nessa altura.

Agora, como demonstração de eficiência, o governo resolve intervir ... … … nomeando outra comissão para fazer o mesmo trabalho que a de 1998. Só tem uma coisa boa: deve apresentar o tranalho no prazo de 30 dias.
Será pedir muito que estes senhores, os da tal comissão, depois de fazerem este livro rosa branco, tratem, também em 30 dias, da revisão do sistema de progressão na carreira dos funcionários da administração pública? É que aí vão ser precisos 18 vezes 30 dias para apresentar o trabalho.
Coisas próprias de socialistas!

23 de junho de 2005

Amina Lawal

Temos uma em Portugal.
A Ministra da Educação!

Os sindicatos, da Educação e da Justiça, querem executá-la por lapidação. Não por ter sido adúltera, mas por ter cometido um lapsus linguae. Até já pediram a intervenção de Sua Excelência o Senhor Presidente da República na condenação da senhora.
Tudo porque a senhora disse que o pronunciamento de um tribunal açoreano não se aplica à República Portuguesa. Ela, logo no mesmo instante, bem quis corrigir, mas estava dito! Escandaloso! Imperdoável! "Ignorante!", brandiu a deputada Mesquita do PCP.
Eu já aqui disse que a senhora ministra tinha pouco jeito para estas coisas. Se o tivesse, teria explicado que a providência cautelar que a FENPROF interpôs no tribunal de Ponta Delgada, se referia a um despacho do Governo Regional dos Açores e não ao "seu" despacho. Teria explicado que os Açores têm governo e leis regionais. Teria dito que até os concursos para docentes dos Açores se regem por leis próprias. Como não tem jeito, baralhou-se! E quem se baralha é condenado e deve ser abatido. É assim que pensam estes sindicalistas, esquerdistas e socialistas, os mesmos que se arrogam em paladinos da tolerância.
Finalmente:
Se calhar, não era mau que a ministra tivesse falado bem. Não era mau que fosse verdade que as leis dos Açores não dissessem respeito à República Portuguesa. Seria sinal que os Açores (e a Madeira) eram independentes. Para os "cuntinentais" não seria mau...

Uma Lotaria

É o que é este campeonato das providências cautelares contra a definição de serviços mínimos na Educação.
É assim:
O Tribunal Administrativo de Ponta Delgada dá provimento à Providência Cautelar interposta pela FENPROF, e manda suspender os serviços mínimos. No mesmo dia e quase à mesma hora, um Tribunal de Lisboa, sobre a mesma matéria, decide exactamente o contrário, “legalizando” a definição de serviços mínimos na Educação.

Esta paródia deixa-me angustiado. Não me interessa, neste momento, a discussão da legalidade da definição dos serviços mínimos. Interessa-me, isso sim, discutir coisas muito mais graves:

  1. Um juiz é omnipotente?
  2. Um juiz deve poder legislar? (o problema da “independência” dos tribunais)?
  3. Sobre a mesma matéria, dois juízes podem pronunciar-se de forma contrária?
  4. A “justiça” depende do Juiz?
  5. Os casos que envolvem “interpretações” (de normas legais ou regulamentares), e que, por isso mesmo, são particularmente subjectivos, não deveriam ser julgados por “colectivos”?
  6. Isto (a justiça) é tão palhaçada como parece ser?

Ora aqui está um conjunto de questões para discussão. Aceitam-se propostas.

21 de junho de 2005

A minha boa acção de hoje

O Azurara, escuteiro que foi durante muitos anos, mantém o seu amor pela Natureza e pelos animaizinhos, embora sem cair nos extremismos dessa tropa ecologista que polui o planeta.
Ao regressar da esplanada, onde esteve a desenferrujar a língua, encontrou este magnífico ouriço-cacheiro, ainda jovem, prestes a ser trucidado pelos cães. O bichinho enrolava-se e desenrolava-se, corricava e quedava-se, sempre acossado pela alcateia (já vos apresentei a matilha).
Reparem na perfeição deste focinho.

A toalha serviu para não me picar enquando verificava se estava ferido.
E não estando, foi devolvido à liberdade

20 de junho de 2005

Afinal houve greve

Apesar do que ele disse, houve mesmo greve aos exames na área da DREC. E, ao que me foi dado a observar, uma grande greve. Na minha escola, entre 112 professores, 38 aderiram à greve. Já não me lembrava de uma com tão grande mobilização.
Contudo, os efeitos da greve foram quase nulos. Apenas em 5 escolas ocorreram problemas, e apenas 191 alunos foram prejudicados. Um enorme fiasco para os sindicatos! Completamente desacreditados.
Eu bem avisei que esta greve era um acto suicidário e sugeri lutas alternativas. Mas nada.
Agora querem justificar o enxovalho dizendo que queriam desconvocar a greve mas, como os cartazes já estavam feitos, foi impossível.
E que tal um pano encharcado nas ventas?

Afinal não há greve


Ouvi eu da boca do líder da FENPROF, Paulo Sucena, na "Dois": "Não há nenhuma greve aos exames".
Pronto, rapaziada. Amanhã, às 8H30, todos nas nossas escolas a fazer o nosso trabalho.

Galicia


O Azurara está satisfeito com os resultados (ainda provisórios) das eleições galegas.
Contra todas as sondagens, Manuel Fraga Iribarne está a um deputado da maioria absoluta. Para quem já estava "morto e enterrado" é "obra".

Sanções - Serviços Mínimos


Tadinho do jornalista do Público. A Ministra não disse quais eram as sanções a aplicar a quem não cumprir os serviços mínimos para os quais for designado, e ele ficou na ignorância.
Senhor jornalista, não cumprir orientações superiores é faltar ao dever de obediência. No caso em apreço, tendo em conta as circunstâncias, é uma falta agravada. Compreendeu? Agora, vai ao Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração Pública e veja a sanção correspondente a esta falta. Vá lá, estude um bocadinho. O trabalho nunca fez mal a ninguém.

Mas...
Mas, numa de "serviço público", tendo em conta que poderá haver professores que venham a ser designados (nominalmente) pelos Conselhos Executivos para prestarem serviços mínimos, e que, instigados pelos sindicatos, caiam na esparrela de não cumprir, convencidos que os sindicatos lhes defenderão o cabedal, vou aqui pôr extractos do dito Estatuto Disciplinar:

Artigo 11.º - Escala das penas
1-As penas aplicáveis aos funcionários e agentes abrangidos pelo presente Estatuto pelas infracções disciplinares que cometerem são:
a) Repreensão escrita;

b) Multa;
c) Suspensão;
d) Inactividade;
e) Aposentação compulsiva;
f) Demissão.
...

Artigo 22.º - Repreensão
A pena de repreensão escrita será aplicável por faltas leves de serviço.


Artigo 23.º - Multa
1-A pena de multa será aplicável a casos de negligência e má compreensão dos deveres funcionais.

2-A pena será, nomeadamente, aplicável aos funcionários e agentes que:
a) Na arrumação dos livros e documentos a seu cargo não observarem a ordem estabelecida superiormente ou que na escrituração cometerem erros por negligência;

b) Desobedecerem às ordens dos superiores hierárquicos, sem consequências importantes;
c) Deixarem de participar às autoridades competentes infracções de que tiverem conhecimento no exercício das suas funções;
d) Não usarem de correcção para com os superiores hierárquicos, subordinados, colegas ou para com o público;
e) Pelo defeituoso cumprimento ou desconhecimento das disposições legais e regulamentares ou das ordens superiores demonstrarem falta de zelo pelo serviço.


Artigo 24.º - Suspensão
1-A pena de suspensão será aplicável aos funcionários e agentes em caso de negligência grave ou de grave desinteresse pelo cumprimento de deveres profissionais, nomeadamente quando:
a) Derem informação errada a superior hierárquico nas condições referidas no corpo deste artigo;

b) Comparecerem ao serviço em estado de embriaguez ou sob o efeito de estupefacientes ou drogas equiparadas;
c) Exercerem por si ou por interposta pessoa sem prévia participação e ou autorização do superior hierárquico - estando obrigados a fazê-la ou a obtê-la - actividades privadas;
d) Deixarem de passar dentro dos prazos legais, sem justificação, as certidões que lhes sejam requeridas;
e) Demonstrarem falta de conhecimento de normas essenciais reguladoras do serviço, da qual haja resultado prejuízo para a Administração ou para terceiros;

f) Dispensarem tratamento de favor a determinada pessoa, empresa ou organização;
g) Cometerem inconfidência, revelando factos ou documentos não destinados a divulgação relacionados com o funcionamento dos serviços ou da Administração em geral;
h) Desobedecerem de modo escandaloso ou perante o público e em lugar aberto ao mesmo às ordens superiores.
2-Nas hipóteses referidas nas alíneas a) a e), inclusive, do número anterior a pena aplicável será fixada entre 20 e 120 dias.

3-Nos restantes casos previstos no n.º 1 a pena será de 121 a 240 dias.
...
Artigo 31.º - Circunstâncias agravantes especiais
1-São circunstâncias agravantes especiais da infracção disciplinar:
a) A vontade determinada de, pela conduta seguida, produzir resultados prejudiciais ao serviço público ou ao interesse geral, independentemente de estes se verificarem;

b) A produção efectiva de resultados prejudiciais ao serviço público ou ao interesse geral, nos casos em que o funcionário ou agente pudesse prever essa consequência como efeito necessário da sua conduta;
c) A premeditação;
d) O conluio com outros indivíduos para a prática da infracção;
e) O facto de ser cometida durante o cumprimento de pena disciplinar ou enquanto decorrer o período de suspensão da pena;
f) A reincidência;
g) A acumulação de infracções.

(coloquei a negrito o aplicável ao caso em apreço)

19 de junho de 2005

Fórmula 1

É uma coisa que me fascina.
Estava eu a ver o arranque do Grande prémio dos Estados Unidos (Indianápolis), quando dei conta que só iam correr 6 carros: os Ferrari, os Jordan (de Tiago Monteiro) e os Minardi, todos equias que usam pneus Bridgestone. Os outros todos, com Michelin, recusaram participar, dada a perigosidade latente, sem as alterações solicitadas e que a FIA (de Eclestone), sistematicamente, não aceitou.
Isto é inédito e é vergonhoso!
Quase tanto como os patéticos comentários da nossa TV, criticando a Michelin (para não parecer muito faccioso defender os "seus" Ferrari.
Bom, pode acontecer que o "nosso" Monteiro fique em 3º lugar. Mas deve ser um resultado muito amargo.
Entretanto, os espectadores americanos vão atirando latas e garrafas para a pista.

Os tempos de qualificação eram assim:

Mas quando a corrida arrancou, passou a ser assim:

UMA COMPLETA VERGONHA!

18 de junho de 2005

Seja tolerante!

Pediu o Presidente da República em visita à Cova da Moura, onde se deslocou no intuito de desdramatizar o surto de violência verificado nos últimos dias.
O Azurara aconselha todos os portugueses a, caso venham a ser assaltados:
  1. Não oferecer qualquer tipo de resistência;
  2. Perguntar ao ladrão se não deseja mais alguma coisa, eventualmente esquecida;
  3. Em caso de anavalhamento ou similar, suportar estoicamente o "destino";
  4. Mostrar sempre uma atitude de compreensão perante o infortúnio pessoal e social que conduziu o ladrão para este modo de vida;
  5. Não recriminar a polícia por incomodar, sobretudo, os cidadãos bem comportados;
  6. Não vituperar os tribunais por, normalmente, mandarem em paz os meliantes que lhe são presentes pela polícia;
  7. MANIFESTAR UM PERMANENTE ESPÍRITO DE TOLERÂNCIA PARA COM TUDO ISTO.

Três notas sobre imigração africana

A primeira:
É para confirmar o que já tenho dito: a culpa dos problemas relativos aos jovens filhos e netos de imigrantes africanos é nossa!
Aqui fica mais um contributo, este do professor de psicologia social e das organizações Jorge Vala (cheira-me a sociólogo), e vem no Expresso de 18/06/2005, página 7.

Muitos jovens de origem africana portugueses e nascidos em Portugal não se reconhecem como cidadãos nacionais.
Apenas 4% dos inquiridos no âmbito de um estudo elaborado em 2003 pelo Observatório Permanente da Juventude (OPJ) escolheram como identificação primária “português” – quando 40% deles têm nacionalidade portuguesa. «Este resultado foi, por nós, associado ao facto de estes jo­vens negros considerarem que os portu­gueses brancos não os vêem como portugueses», comenta Jorge Vala, professor de psicologia social e das organizações no ISCTE e coordenador do referido estudo. Apenas 2 dos 400 jovens inquiridos, (com idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos), afirmou o contrário.
Estes jovens identificam-se sobretudo com o país de origem dos pais (57%), enquanto outros criam uma identidade étnica (13%) ou racial (8%). «A desidentificação com Portugal está ainda associada – na opinião do mesmo investigador – à percepção de discriminação de que se consi­deram alvo, nomeadamente na relação com as instituições nacionais».
Na primeira linha de integração social sur­ge a escola. De início valorizada como meio de promoção social pelos grupos minoritários e culturalmente desfavorecidos, estes rapidamente desinvestem dos estudos quando recebem avaliações negativas. «Sabemos de várias fontes que estes jovens apresentam menor sucesso escolar, o que é de novo confirmado neste estudo. A reprovação faz parte da história da vida escolar de 79% dos inquiridos», acrescenta Jorge Vala.
É na escola que se faz a socialização insti­tucional, a aprendizagem dos direitos de cidadania, a aprendizagem de competências sociais e cognitivas, facilitando a integração social. «Mas há uma série de instituições (nas áreas da Saúde, Segurança Social e Educação) que não foram capazes de o fa­zer», admite a presidente do Instituto de Reinserção Social, Maria Clara Albino.


A segunda:
É para mostrar (Expresso de 18/06/2005, página 1) que não se vai ao bairro da Cova da Moura (sei que é em Lisboa, mas não sei onde fica) de qualquer maneira: é preciso pedir o “visto” na embaixada de Cabo Verde.

O embaixador de Cabo Verde em Portugal, Onésimo Silveira, disse ter sido contactado pelo «staff» do Pre­sidente da República para apurar se Sampaio poderia correr algum risco na visita à Cova da Moura, programada pa­ra hoje, a propósito da inauguração de uma exposição de fotografia no bairro.
«Que bairro é este em que o pró­prio Presidente não se sente segu­ro?», questionou Onésimo, esta sema­na, numa reunião com associações ca­bo-verdianas em Portugal, convocada para discutir os últimos acontecimen­tos envolvendo jovens descendentes de cabo-verdianos. Declarando-se en­vergonhado com a imagem do seu país que passa nestes casos mediáticos – nomeadamente o «arrastão» de Carcavelos, no dia 10 de Junho, e os distúr­bios em Quarteira no dia seguinte – Onésimo disse que «Carcavelos é a ponta do “tsunami” de uma geração que encara a delinquência como «um desígnio normal».
A Cova da Moura é um dos muitos bairros de origem dos jovens que pro­tagonizaram o assalto à praia, que está longe de ter sido o primeiro. Os regis­tos policiais dão conta de vários «arras­tões» em Carcavelos, o primeiro dos quais, em 1996, deu origem a um processo com 18 detenções que foi, no en­tanto, arquivado sem nenhum resultado … e acabou com vários polícias no banco dos réus…”


A terceira:
Para dar conta, através da Sábado de 17/06/2005, página 16, de que Portugal é o 4º país da Europa que melhor recebe imigrantes…

Sorrindo...

Os comunistas sofreram o fascismo na carne!
Nós, portugueses, sofremos o socialismo na carne... e no peixe, nos ovos, nas batatas, no gasóleo, ..., em tudo.
Felizes dos comunistas!

Manifestação da Função Pública

Resultado final do encontro:
PSP - 10 / FESAP - 50 (mil)
A PSP, umas vezes faz cálculos por defeito (caso desta manif, onde o verdadeiro número de participantes era, afinal, 5 vezes superior). Noutras vezes, calcula por excesso (caso do arrastão de Carcavelos, onde o verdadeiro número de assaltantes era 10 vezes inferior).
De todo o modo, não acerta uma.!
"Esta polícia não é a minha polícia", como disse Alberto Costa

17 de junho de 2005

Movimento Cidadão Atento

É tempo de agir!

MOVIMENTO CIDADÃO ATENTO
COMUNICADO

A situação a que Portugal chegou é, a todos os títulos, deprimente. As dificuldades orçamentais aparecem evidenciadas, apenas por força da conjuntura.
O mal-estar e a insatisfação que se constatam em todo o País têm raízes mais fundas. O que está verdadeiramente em causa é um problema de cultura de vida em sociedade.
Só razões de ordem psicológico-cultural podem explicar a nossa queda no fosso em que nos situamos actualmente, depois de sistematicamente, ao longo de sucessivos anos, termos ignorado todos os avisos que as nossas realidades nos evidenciaram.
É assim que, para além da questão orçamental e económica, nos defrontamos com gravíssimas carências nas vertentes educacional, artístico-cultural, social, de administração pública até de actividade privada, com perda irremediável de valores indispensáveis a um equilibrado e harmonioso desenvolvimento sustentado da sociedade que integramos.
Ora, é sabido que tal não tem acontecido e, muito pelo contrário, foram malbaratados e perdidos valores fundamentais da identidade nacional.
Sendo certo que este é um problema de todos os portugueses, não pode permitir-se que, sob esta verdade, se escamoteie a responsabilidade, em primeira linha, dos políticos que nos têm governado e continuam a governar.
Na verdade – e a verdade é para se proclamar frontalmente, sem tibiezas – a forma como temos sido governados é a grande responsável pela situação em que o País se encontra. Já ninguém acredita na bondade da política e menos ainda nos propósitos dos políticos, por muito dignos que sejam, e isso é dito à boca cheia por todo o país. Estamos a degradar, de forma irremediável, talvez, a democracia por que tanto ansiámos.
E não se vê que, da parte do poder político, dos vários poderes políticos, surja uma mensagem de esperança, congregadora de vontades e aptidões. Mensagem catalizadora de anseios, mobilizadora de capacidades, porque estribada em exemplos de dignidade, capacidade e vontade de acertar.
Não há, numa palavra, verdadeira classe dirigente em Portugal.
Muito pelo contrário, aquilo a que, em crescendo, se assiste, apenas tem como resposta de efeito, a radicalização do binómio nós-eles, em que nós, sociedade civil, estamos cada vez mais sós, desamparadamente entregues à nossa sorte, e, igualmente de forma crescentemente mais isolada, eles, ou seja, a classe política, sem excepções claramente visíveis.
A manutenção deste status quo e o seu agravamento constante nada de bom oferecem à sociedade portuguesa, potenciando, ao contrário, dificuldades surgidas a cada episódio menos feliz. Pode mesmo ser factor determinante para que se atinjam níveis não compagináveis com um relacionamento saudável entre todos.
Os últimos desenvolvimentos desta crise de valores têm-se revelado particularmente desastrosos, razão por que entendemos, como membros da sociedade civil, não politicamente enfeudados, não mais nos ser lícito a tudo assistirmos sem reacção, no sentido de inverter a marcha dos acontecimentos.
E foi assim que decidimos alertar a classe política na sua globalidade, quem decide aos vários níveis, nacional, regional e local, políticos e administrativos do país, para a conveniência de os recursos públicos – ao menos esses – serem usados de forma criteriosa e justa, isenta e parcimoniosa à exaustão.
É que é imperioso que os decisores políticos interiorizem essa necessidade.
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, por exemplo, que a extinção imediata de tantos e variados institutos e outras sinecuras afins, meras duplicatas de serviços e organismos do Estado, porque criados com o putativo fim de dar colocação a “aparelhos privados” de sucessivos governos, é tarefa absolutamente necessária e impostergável.
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, por exemplo também, que as empreitadas do Estado e das autarquias têm que seguir escrupulosamente cadernos de encargos rigorosamente elaborados, por forma a dar-se termo a uma prática insustentável, verdadeiro escândalo nacional, que conduz a que qualquer obra pública demore uma eternidade mais do que o prazo inicialmente previsto e custe duas e até três vezes mais do que o orçamento previra, com as legítimas desconfianças a que tais procedimentos dão causa.
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, ainda por exemplo, que as empresas públicas têm que ser geridas em obediência a critérios de razoabilidade e bom aviso, pondo-se termo, a gestões ruinosas, quiçá de inominável irresponsabilidade, que as transformam em autênticos sorvedouros de recursos do país, sem que dessa sangria resultem benefícios assinaláveis para a comunidade.
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, finalmente por exemplo, que o número de deputados à Assembleia da República é francamente ridículo, num país com a nossa dimensão espacial – e até demográfica –, pelo que se mostra inadiável, até para que sirva de testemunho de boa fé, um corte radical nesse número, fundamentado na razão, e não mais as meras “aparadelas” de simples cosmética a que se assistiu no passado.
É imperioso que os decisores políticos interiorizem, enfim, que é urgente e inadiável que a política ofereça à sociedade portuguesa um substrato moral insusceptível de ser questionado.
Estas, pois, as nossas razões, este o nosso propósito. Entendemos chegado o momento de todos serem confrontados com as responsabilidades que a cada qual são atribuíveis. Em consciência, não podíamos, pois, calar.
Postas as coisas nos termos em que ficam, que reputamos de suficientemente esclarecedores, cabe referir que, a partir desta iniciativa e porque aceitamos que ela nos cria responsabilidades acrescidas, a que não queremos eximir-nos, não permitiremos que, em termos de cidadania, tudo continue como até aqui. Nós e milhões de outros como nós, em quem nos firmamos, na certeza de que nos acompanharão, das mais variadas formas. Custe o que custar, agrade ou desagrade aos poderes instituídos. Estaremos atentos e actuantes. Ninguém duvide.
Com esta acção não procuramos notoriedade. Por essa simples razão, desde já declaramos, que, ainda que com toda a cordialidade e compreensão, declinaremos qualquer entrevista, ou peça semelhante, que nos possa vir a ser proposta. Somos simples e anónimos cidadãos comuns e como tal fazemos questão de continuar.

2005 Junho 17

Grupo de Cidadãos contra a
Exclusão Social dos Políticos Portugueses

que, após o dia de hoje, adoptará a denominação
Movimento Cidadão Atento

Indignado!

Pior! Escandalizado, enojado e encolerizado!
É como estou.
Acabei de ver na SIC Notícias um vídeo de vigilância de um comboio da CP. Eram duas sequências de "acção".
Na primeira, um rapaz, que o locutor identificou como "o de camisa escura", tentava roubar algo a outro rapaz de "camisa clara". Como este resistisse, o de escuro anavalhou-o. O de claro fugiu e o de escuro, calmamente, fechou a navalha e procurou outro "cliente". Tudo isto perante o olhar passivo de vários passageiros.
Na segunda sequência, um grupo visivelmente organizado, assalta dois passageiros que tentam resistir. Na carruagem vai um elemento da segurança da CP devidamente fardado. Uma das vítimas consegue dirigir-se ao segurança e pedir-lhe ajuda. Este, com toda a calma, vira-lhe as costas e afasta-se do local. Então, chega um assaltante mais experiente e rouba aquilo que queria roubar. Entretanto, o comboio chega a uma estação e os assaltantes expulsam os assaltados, continuando a sua viagem. Tudo isto perante o olhar aterrado dos outros passageiros.

Aqueles passageiros fizeram-me lembrar aquela alegoria do "Silêncio dos Inocentes" quando a Jodie Foster diz que os cabritos aguardavam calmamente a sua vez de serem abatidos. Não tentavam fugir. Apenas baliam. Acontece que estes nem baliam! Limitavam-se a observar a cena, cobardemente, de certa forma, até cumplicemente. Quanto ao guarda, nem comento.

O locutor, talvez com medo de ser rotulado de racista, xenófobo e fascista (como hoje fez a Ana Anacleta na AR), referiu as cores das camisas. Mas eu, que não sou racista, tenho de dizer o que vi: que os assaltantes eram todos negros e que um dos assaltados também era negro. Provavelmente, também acontecerá o inverso, isto é, os assaltantes serem todos brancos e um dos assaltados também ser branco. Mas nos filmes era como eu disse.
Fiquei revoltado e, mais grave, fiquei com medo. Se as forças de segurança não protegem o cidadão, como é que vai ser?
Vou pensar em adquir uma Glock 17 com carregador de 19 munições. Não sei quando terei de ir a Lisboa, e não me apetece ser anavalhado.

PS:
É muito triste chegar ao ponto de ter de escrever uma barbaridade destas!

A Senhora Ministra

anda confusa!
É sabido que se pretende aumentar a escolaridade obrigatória para 12 anos. També é sabido que a maioria dos alunos que concluem o 9º ano não reunem condições, por falta de conhecimentos estruturantes, para seguirem o currículo de um curso geral do ensino secundário. Por isso, tudo aconselha a que se criem, ao nível do secundário, vias alternativas de formação eminentemente qualificantes para o exercício de profissões. Cursos, especialmente pensados para a maioria dos alunos que não têm, já hoje, sucesso no ensino secundário. Todavia, diz a senhora Ministra em entrevista ao DN:

DN - Será possível um secundário sem exames para quem não pretenda entrar no ensino superior?
ME - É uma hipótese, embora considere que é necessária uma avaliação externa em fim de ciclo. E também não concebo áreas formativas no secundário que não permitam o acesso ao superior. Essa via tem que estar sempre aberta. Mas temos de reduzir o número de exames do 12.º ano, que é demasiado.
DN - O que é que a diversificação de ofertas do ensino secundário vai resolver?
ME - Pode permitir a resolução de vários problemas críticos no nosso sistema de ensino. Pode resolver o problema da sua performance no geral. Neste momento há um peso excessivo dos cursos gerais, que absorvem a maior parte dos alunos com taxas de sucesso inaceitáveis. 35% começam a repetir no 10.º ano, no 11.º já são 40% e depois 50% no 12.º

Ou seja:
A senhora diz que há um excesso de cursos gerais e que os alunos "chumbam" muito nestes cursos. Mas diz que só quer cursos que dêm acesso ao ensino superior.

Haverá por aí algum médico que prescreva uma terapêutica capaz de eliminar este estado confusional?

Olha, olha, olha, olha

Dois Sindicalistas:

Luís Lobo sublinha que a greve de quatro dias - entre os dias 20 e 23 - dos educadores de infância, professores dos ensinos básico e secundário e trabalhadores não docentes das escolas “por acaso coincide com os dias dos exames porque o ministério impôs as soluções de combate ao défice sem as negociar”, nomeadamente o alargamento da idade da reforma e o congelamento da progressão nas carreiras. “Estamos presos entre a data apresentada pelo ministério e a data em que as medidas vão ser debatidas na Assembleia da República”, acrescentou o sindicalista.

Também Mário Nogueira, coordenador do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), que integra a Federação Nacional dos Professores, esclarece que "não há qualquer greve aos exames", observando que o Governo pode transferir as provas para outras datas.

Ufa! Que alívio! Afinal não é nada do que se diz por aí. Não há nenhuma greve aos exames. Por acaso, há exames nos dias de greve, mas podem ser mudados para outros dias. A greve não...

A isto chama-se, modernamente, DESONESTIDADE INTELECTUAL.

Manuela Ferreira Leite


Hoje, na RTP, com Judite de Sousa, esteve magnífica na desmontagem da "construção" do futuro défice de 6,830%. E, sobretudo, do aproveitamento político do relatório Constâncio. Toda a gente percebeu que o anúncio daquele valor (monstruoso) se destinou a permitir o cumprimento das de algumas promessas imbecis do Eng. Técnico José Sócrates Pinto de Sousa.
Esteve brilhante!

16 de junho de 2005

Lucros na Saúde

Afinal não é apenas o serviço do Prof. Manuel Antunes que distribui "lucros" no fim do ano. Também acontece no Hospital do Barreiro. Ah, e ainda no Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira.
Atingem os objectivos sem gastar a totalidade do orçamento, e depois distribuem o dinheiro poupado pelos que "deram o litro". É lindo, não é? Os sindicatos é que não gostam. Que é isso de ter os trabalhadores satisfeitos?

Greve, Exames e "Serviços Mínimos" - 2

Ontem alertei para o problema desta greve de professores e da sua impopularidade.
Hoje, ao ler o Público, dei com estes comentários, todos na mesma página, em catadupa:

Professores sem patriotismo Por JR - Águeda
Os sindicalistas têm como objectivo garantir o seu lugar e não defender os profissionais. Por outro lado, os senhores que se dizem professores deviam preocupar-se com o futuro dos seus alunos, colocando estes interesses acima do seu egoísmo próprio. Sem o bom exemplo dos professores não podemos ter no futuro uma sociedade com bons profissionais. Também sou trabalhador, mas estou inteiramente em desacordo com esta atitude de uma classe, já por si, bastante privilegiada.
Médicos Por JC - Lisboa
Não vejo o Governo violar o direito à greve desta maneira quando há greves de médicos/transportes/controladores aéreos/tribunais. E quanto ao prejuízo dos alunos: então e os prejuízos dos professores? Há alguma greve que quando se faz não saia alguém prejudicado?
Os maus serviços ao país Por Rui - Aveiro
Passamos a vida a dizer que deve haver mais autoridade no nosso país e que tudo vai mal, mas quando essa autoridade e rigor entra no nosso "quintal" já ninguém concorda e vai de fazer greves. Srs. sindicalistas tenham um pouco mais de patriotismo e olhem para o umbigo porque todos temos que pagar a crise.
A vergonha habitual Por er - Guimaraes
Por que será que a população portuguesa tem uma má imagem dos professores? Por que será que os professores não querem ser avaliados e promovidos pelos seus méritos mas sim por anos de serviço? Será razoável que usem o legítimo direito à greve numa altura crucial para milhares de jovens, começando desde já por perturbar esses jovens e todo o esforço de um ano quando deviam estar preocupados e solidários com os alunos?
Não serão impreteríveis? Por Anónimo - Lisboa
O sr. dr. Paulo Sucena, que terá ficado chocado por esta medida do governo querer dizer que "todas as actividades das escolas são actividades sociais e impreteríveis", está a mostrar uma vez mais o que os sindicatos dos professores e afins pensam das actividades escolares. Não serão elas efectivamente actividades "impreteríveis"? A educação não é efectivamente algo inadiável e impreterível? Ou serão apenas as regalias e os direitos de alguns (os pseudo-professores) intocáveis e inadiáveis? Andamos há demasiado tempo a brincar com a educação dos nossos alunos e a factura eles vão pagá-la muito cara. Mas isso é problema deles (alunos, claro), pois os nossos professores "profissionais" e os nossos "sindicalistas" esses já têm o seu rendimento mensal garantido há muito.
Greve dos professores
Por Um artista - Castelo Branco
Faz muito bem. Acabem com os 1300 professores colocados nos sindicatos e pagos pelo Estado e vão ver como a coisa pia fino.
Direitos Por Mª Isabel Fontinha - Corroios
Estou completamente de acordo com a decisão tomada pelo governo. Um princípio fundamental da liberdade/democracia diz que "a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros". Por isso, e apesar de ser 100% a favor das greves, neste momento tenho uma filha que começa os exames do 12ºano e penso que o direito dos professores não pode colidir com o direito dos alunos, porque se assim for, é sinal de que temos maus professores e não bons professores.

Boa medida? Por Celeste - Abrantes
Muito interessante esta. Para não prejudicar os exames então prejudicam-se os outros alunos que ainda têm aulas e com testes marcados? Mas onde é que isto já se viu? Não percebo, então para que vai servir a greve? Assim quem está de greve são os alunos, que por causa dos exames ficam sem aulas. Realmente, remenda-se um buraco e abre-se outro noutro lugar...

Amanhã vai fazer-se História

COMUNICADO

Pela primeira vez em Portugal, a chamada sociedade civil, no caso representada por alguns de seus membros, que não buscam notoriedade – a que poderão vir a juntar-se todos quantos assim o entendam – irá evidenciar perante políticos e cidadãos portugueses em geral, de forma clara, frontal e definitiva, profundo desagrado pela acção daqueles, a qual, ao longo de muitos anos, de sobressalto em sobressalto, veio conduzindo o País para a deprimente situação em que actualmente se encontra.
Constitui a iniciativa – que poderá não se esgotar aqui – forma de democracia directa, a primeira e possível por agora, já que da regulamentada por lei se pode dizer ser praticamente inexequível.
Amanhã, caros blogamigos, será publicado, no semanário “O Independente”, sob a forma de cartaz, anúncio de meia página, no qual, com ironia, algum humor e senso crítico, sem deselegâncias desnecessárias, com urbanidade, enfim, se exortam os políticos portugueses a que, nesta hora de sacrifício geral, não se permitam ser diferentes dos seus compatriotas.
Depois da publicação do anúncio, serão aqui explicitadas, mais em pormenor, as intenções que estiveram na génese da decisão de elaborar o cartaz e de publicitá-lo.
Não se esqueça, pois. Amanhã, procure “O Independente”.
Valerá a pena guardar, a título de recordação, a edição que, com toda a certeza, fará História em Portugal.

Greve, Exames e "Serviços Mínimos"

Ficou hoje provado (mais uma vez) que não é a nomeação para ministro que torna inteligente um homem (ou uma mulher).
Vem isto a propósito da definição de serviços mínimos na Educação, mais concretamente, na Escola. Não havendo legislação sobre os ditos serviços, fez-se hoje um Despacho e fez-se mal. Porquê? Por duas razões que são complementares:
A primeira tem a ver com o facto do despacho ter sido ad hoc. Só serve para épocas de exame. Quando houver uma outra greve, nomeadamente de pessoal não-docente, os sindicatos vão esfregar as mãos de contentamento. É que um dos serviços mais determinantes numa escola, no dia-a-dia, é o da alimentação. Reparem:
Um miúdo de 12 anos vem lá de “cascos de rolha”; levantou-se às 7H00 da manhã; chegado à escola, logo se vê se há aulas ou não há (todos os dias há faltas de professores); mas, chegada a hora de almoço, a coisa fica complicada; ele até tinha a senha para o refeitório; mas está fechado; em greve. Ora, não é aceitável que, qualquer que seja o motivo, se castiguem desta forma as crianças. Em última análise, o serviço de refeições será sempre um “serviço mínimo”. E não ficou contemplado na linda “obra” da Ministra.
A segunda é mais pragmática: é que não havia necessidade. Vejamos:
1) Ao Conselho Executivo compete a organização da escola no sentido do cumprimento das orientações superiores;
2) Todos os professores estão em serviço, a não ser que estejam em greve, doentes, ou em férias;
3) O serviço de exames – vigilância, coadjuvância, secretariado, etc. – é serviço docente;
4) A distribuição de serviço docente é da competência do Conselho Executivo.
Assim, não há qualquer razão que obste a que o C.E. (re)distribua o serviço docente quando tal se torne imperioso. Ainda que haja actividades lectivas (aulas), nada impede que o C.E. dê instruções que priorizem o serviço de exames, o qual, passe a redundância, é mesmo prioritário.
Evidentemente, todos os professores que queiram aderir à greve (ou ir a Lisboa à manif. de sexta-feira, 17) podem fazê-lo. Não há qualquer impedimento. Outros os substituirão, sem que isso constitua qualquer violação da Lei da Greve. Se todos fizerem greve, então sim, não haverá exames.
Seria inaceitável que numa escola não se realizasse um exame por falta de professores (em greve), tendo alguns ficado em casa (sem fazer greve) pela simples e única razão de não terem sido convocados pelo C.E. Seria anedótico! Seria como aquela escola em que, num determinado dia de greve, não houve aulas porque o porteiro aderiu, e não havia mais ninguém com chave para abrir o portão. Um único Auxiliar paralisou a escola! Foi o único que fez greve. É claro que valeu ao Executivo a complacência do Ministério e da Inspecção…

Nesta altura, haverá alguns leitores que estarão a pensar: “O tipo vendeu-se aos Socialistas.”. Nada disso. O Azurara acha que os professores estão a ser castigados pela cegueira deste Governo, e que devem reagir. Acha que há razões, e fortes, para aderir à greve. Uma medida imbecil como a da “paragem no tempo” tem de ser combatida com firmeza. Mas…
Mas os professores não devem pôr a comunidade contra si. Os alunos, nomeadamente os do 12º ano, estão num momento particularmente decisivo para as suas vidas. Impedi-los de realizar os exames dentro dos calendários que definiram, é colocar as famílias contra os professores. E isso fragiliza a luta. Acresce que os professores são uma classe mal vista: são funcionários públicos (é cada vez "mais péssimo" ser funcionário público), têm férias que "até chateia" e faltam ao serviço desenfreadamente. E, também por isto, devem resguardar-se.
Dir-se-á que uma greve implica sempre prejuízos para utentes. Não discuto. Mas nesta altura os prejuízos são muito mais vultosos que em outra qualquer. E não é o Sr. Eng. Sócrates que é prejudicado: são os alunos e respectivas famílias, que não responsabilizarão o Governo, mas sim os "coirões" dos professores.

Assim, contem comigo para a luta, mas depois dos exames.
E fica aqui um desafio:
Não à abertura do próximo ano lectivo!

15 de junho de 2005

Guterres


Já disse que o orçamento do Comité para os Refugiados era escasso.
Pronto! Conhecendo-se a habilidade deste homem para gastar o que não tem, não é difícil adivinhar que o UNCHR se vai tornar num "monstro" com enorme défice.

O tempo

PAROU!

Os ponteiros retomarão o seu movimento inexorável em 1 de Janeiro de 2007

Congelamento...

Mão amiga fez chegar-me o Projecto de Lei N.º 138/2005 que pretende decretar o congelamento da progressão nas carreiras dos funcionários da Administração Pública. Coloquei aqui uma montagem (com o único fito de o fazer caber nuna só página). Ora leiam:

Estão a ver?
Isto não é nenhum "congelamento" da progressão. Está lá muito claro: até 31/12/2006 o tempo de serviço não é contado!! O TEMPO NÃO É CONTADO! PERDE-SE!
Sim! É isso mesmo! Se fosse um congelamento, o tempo continuaria a contar. Quando chegasse a altura do funcionário ascender ao escalão seguinte, não progrediria (por estar congelada a progressão) mas teria adquirido o direito a progredir. Então, quando a progressão fosse, finalmente, descongelada, poderia progredir imediatamente, recuperando o tempo no escalão seguinte.
Mas não é isso que José Sócrates quer. O que o Governo quer é outra coisa. É assim: "Ai faltam-lhe três meses para progredir? Iria mudar de escalão em 1 de Outubro de 2005?. Olhe, então só vai mudar em 1 de Abril de 2007. Ah, mas tenha calma. Isso é se entretanto não viermos a alterar o processo de progressão e a estrutura da carreira."
Estão a ver? ISTO É UMA POUCA-VERGONHA!!

Cunhal (ainda)

Alimentava eu a ideia que a comunicação social iria publicar abundante informação sobre a vida daquele por quem amanhã faremos luto. "Naquele engano de alma ledo e cego", julgava eu que iriam abordar aqueles aspectos mais "secretos" da vida deste homem de quem, a bem dizer, nunca se conheceu morada certa. Nada! Só trivialidades. Só aquilo que todos já sabíamos.
Em particular, gostava de ver publicada a célebre história havida com Manuel Domingues. Todavia, apenas uns lampejos.
A história é, mais ou menos, assim:
Manuel Domingues era operário vidreiro e funcionário clandestino do PCP. Em 1951, Cunhal, com alguns outros comunistas, foi delatado e preso. Manuel Domingues foi dado como delator pelo Comitê Central e apareceu morto em Belas. Ao que se diz, terá sido executado. Passados vários anos, veio a saber-se que o "bufo" tinha sido o Presidente da Junta de Freguesia, o qual nada tinha a ver como o PCP.
Mas, sobre esta história do "cadáver às costas", só encontrei isto, isto, e isto.
Ora, eu gostava de saber qual a participação neste episódio sinistro do homem que vamos homenagear.

14 de junho de 2005

Cunhal e Lúcia de Fátima

Escrevi isto há pouco, num comentário a um comentário da Cat a este post. Contudo, achei relevante dar-lhe o relevo de um post autónomo.
Disse a Cat:
"Depois do vergonhoso luto nacional após a morte da irmã Lúcia, tudo vale!"
Ora bem:
Não aplaudi o luto nacional pela Irmã Lúcia. Estou, portanto, particularmente à vontade para falar sobre ele. E para dizer que é absolutamente ilegítima qualquer comparação entra uma (Lúcia), e outro (Cunhal). Lúcia não fez nada de mal a Portugal. Assumiu, discretamente, em clausura até, a sua condição de vidente sobrevivente. Não tomou qualquer medida, não escreveu livros, não fez doutrina, não fez discursos. Apenas viveu! Mas vivendo, Lúcia foi, para uma significativa maioria de portugueses (não vale a pena negá-lo), um símbolo, e mais do isso, um exemplo de Fé. Fé que não "faz" a unanimidade em Portugal, mas que é esmagadoramente maioritária. E para essa imensa maioria, Lúcia foi importante.
Decorre daqui a minha ideia de que o luto, embora não consensual, tenha sido compreensível. O "povo" gostava dela, e ela não fez mal nenhum. Lembremo-nos, só como exemplo, de Amália Rodrigues. Todos adoramos o seu fado? E houve luto? Então?

Quanto a Cunhal, não digo mais. A História nunca lhe perdoará.

Álvaro Cunhal

Hoje levantei-me a ouvir a notícia da morte de Álvaro Cunhal. Durante o dia, tive poucas oportunidades de ver e ouvir notícias, mas nas poucas a que pude dar atenção, não faltaram elogios ao "homem de estado" que foi Cunhal; ao paladino da liberdade; ao homem de "convicções".
Agora, em casa, depois de dar a minha voltinha habitual pelos blogs, fiquei ainda mais perplexo! Tirando um ou dois artigos "sem papas na língua", tudo são encómios ao senhor. "Um homem bom que fica a marcar o século XX português." Extraordinário!
Só não percebo como é que, com toda esta base de apoio, o Partido Comunista nunca ganhou eleições!
Ou será que "a malta" tende a pensar que, depois de mortos, todos fomos bons?
Eu não!

Luto Nacional?


Decreta-se luto nacional aquando do passamento, ou do funeral, de alguém que prestou relevantes serviços ao país ou, eventualmente, à comunidade internacional.
Ora, tendo falecido Álvaro Cunhal, entendeu o Governo decretar um dia de luto nacional.
Porquê?
Terá Cunhal prestado algum serviço ao País?
Vou admitir que sim. Que o terá feito lutando contra o Salazarismo. Que terá desempenhado algum papel na luta pela democracia.
Uma coisa é certa: não desempenhou nenhum papel, nem sequer enquanto ideólogo, no golpe militar de 25 de Abril de 1974. Efectivamente, os militares, e isto hoje é história, só estavam preocupados com os "seus" problemas. A politização só veio depois. De resto, Cunhal estava exilado e só apareceu depois.
Mas acredito que sim. Que terá lutado, embora inconsequentemente, contra a ditadura. Acredito que sim, e que terá sido por isso que foi preso e deportado.
E devia ter ficado por aí! Se assim tivesse sido, justificava-se o luto. Mas não ficou. Continuou a lutar. Então, já não pela democracia, mas pela sovietização de Portugal. Cunhal foi o grande responsável pela destruição do nosso tecido produtivo. Cunhal destruiu Portugal! Não esteve só nessa tarefa, mas foi o maior responsável (e não este como, incorrectamente, referi). Se hoje somos a merda de país que somos, é a Cunhal que, em primeira instância, o devemos.
Todavia, vamos fazer luto! E porquê? Porque Álvaro Cunhal foi um homem "coerente", "inteligente", "tenaz", que "lutou por aquilo em que acreditava"? Ó meus senhores, a História da Humanidade está cheia de homens que cometeram terríveis atrocidades por acreditarem nos seus ideais. A História tem páginas cheias de nomes de homens que mataram outros homens (alguns, até milhões), para serem "coerentes" com os seus objectivos. O próprio Salazar, não tenho qualquer dúvida, também foi um homem "coerente, inteligente, tenaz, que lutou por aquilo em que acreditava". Foi, mas deu-lhe para a asneira.

A morte é uma coisa sempre triste. Todos temos a certeza de que morreremos, só não sabemos quando. Todavia, a morte não pode branquear aquilo que fizermos em vida!
Se houvesse lugar a luto nacional, deveria ter sido a 11 de Março de 1975!

13 de junho de 2005

12 de junho de 2005

Augusto Santos Silva (ainda)

Na entrevista ao DN que referi no post anterior, lê-se este diálogo perfeitamente elucidativo da forma singela como os ideólogos socialistas distorcem os factos, fazendo parecer verdade o que é falso.
...
DN - Como se explica que o Governo já tenha feito "n" nomeações, quando tinha dito que só o faria quando existisse uma nova lei para os altos cargos da função pública?
ASS
- O Governo nomeou cumprindo a palavra que deu: que o Governo se autovinculava às normas que propunha. Podíamos ter usado a lei vigente, mas já estamos a praticar a nova lei antes de ela ser aprovada. O Governo tem limitado as substi­tuições aos casos de vacatura de cargo ou de demissões apresentadas voluntariamente pelos próprios ou em direcções-gerais que condu­zem políticas e que devem ser diri­gidas por pessoas que estão con­sonantes com as novas políticas.
DN - Na Águas de Portugal não tinha termi­nado o mandato nem se tinham demi­tido os administradores, o Governo é que os demitiu, por isso vai ter que os indemnizar...
ASS - Houve mudança de orientação polí­tica numa área estratégica. Em políticas públicas de natureza estra­tégica, seria uma ilusão pensar que se podia trabalhar com quem está vinculado a orientações políticas de sinal contrário.
DN - Onde está a contenção de que o Go­verno fala quando é nomeado Fernando Gomes para a Galp?
ASS
- Trata-se de um economista de formação, que abandona a sua car­reira política e que, do meu ponto de vista, tem competência para gerir grandes empresas, não só porque é economista, mas porque geriu a segunda maior câmara do Pais, como foi membro do Governo, e portanto está habituado a lidar com orçamentos muito grandes. Trata-se de uma pessoa que deu muito ao Pais no exercício de car­gos políticos e cujas competências serão agora aproveitadas nesta empresa.
...
O que quer dizer que em 36 dias houve 984 mudanças de "orientação polí­tica" em "áreas estratégicas"...

Muita atenção


Em entrevista ao DN (em papel), Santos Silva atira para 2013 o equilíbrio das contas públicas.
Dito de outra forma, a desbunda vai continuar e nós continuaremos a pagar.
Quando vejo estas imbecilidades e irresponsabilidades ditas por indivíduos que deveriam ter "sentido de estado", fico muito raivoso!

Luta contra a SIDA

Não perder este post da Elise.

Gonçalvismo


Morreu o Coronel Vasco Gonçalves. Um dos maiores responsáveis (quiçá o maior) pelo estado miserável em que este país se encontra.
Por vezes dou comigo a pensar que se este homem tivesse ido um pouquito mais longe, para a guerra civil, hoje teríamos um país "a sério"...
Mário Soares, que nas palavras de Vasco, "encabeçou a contra-revolução", também por isso, é outro dos responsáveis.

11 de junho de 2005

Turismo em alta


euronews

skynews

Insurgentes (ainda)

Confirma-se que na Quarteira ninguém foi assaltado, mas houve uma detenção e duas identificações. Tudo "casos sociais". Tudo "vítimas" da sociedade.
De acordo com o Público citando fontes policiais, os "excluídos" eram residentes na região de Lisboa (Amadora e Cova da Moura) e terão estado "a banhos" ontem pela tarde em Carcavelos.
Afinal, isto é tudo muito simples e, até mesmo, natural:
Estes desprotegidos, ontem foram à praia mais próxima e foram corridos pela polícia. Por isso, terão resolvido procurar uma outra praia onde não fossem reprimidos. Escolheram a Quarteira e vieram de véspera. Imagino a enorme dificuldade com que terão feito a viagem. Coitados. Pobres e sem dinheiro para coisa nenhuma, quanto mais para o bilhete, estou a vê-los pendurados nos estribos do comboio, correndo risco de vida. Outros, mais afortunados, terão esticado o dedo e apanhado uma boleia. Automóvel próprio? Isso é só para os "gajos" ricos.
E assim, como todas as dificuldades inerentes à sua condição de excluídos, lá conseguiram chegar ao Algarve, onde, sabe-se lá em que condições, passaram a noite. Há quem diga que foram a uma "rave" numa discoteca de Albufeira, mas é tudo mentira. Isso é coisa que custa muito dinheiro, só ao alcance de gente rica, e com a qual estes "casos sociais" nem sonham. Provavelmente, terão dormido ao relento, talvez na praia, sabe-se lá, em condições mais que degradantes.
Pela manhã, juntaram-se no "calçadão" da Quarteira e... zás! A GNR a pedir-lhes a identificação. Ó supremo vexame! "Então, não se pode ir à praia de Carcavelos; vem a malta para o Algarve, e nem aqui nos deixam em paz?" Claro que um tipo fica (ainda mais) revoltado...
Tornam-se necessárias medidas imediatas.

Senhor Primeiro-Ministro, intervenha com urgência.
  • Dê ordens à CP para transportar para o Algarve, ida e volta, estes "casos sociais", gratuitamente;
  • Mande a Segurança Social criar centros de acolhimento no Algarve onde estes desafortunados possam tomar uma refeição quente e dormir em condições aceitáveis;
  • Distribua cartões de "excluído social" que garantam a entrada gratuita em todas as discotecas do País.
  • Dê ordens às forças policiais para não importunarem estes "insurgentes" e para aconselharem os outros cidadãos a permanecer em casa.
Faça isso JÁ!
A descriminação discriminação social não pode continuar!

PS. Parece que o Presidente Capucho tinha razão: os "insurgentes" não eram mesmo de Cascais.

É notícia!

Hoje, na Quarteira, ninguém foi assaltado na praia!

Um dos que não aprendeu nada

escreve no DN.
É criminologista e sociólogo, como é da praxe. Diz ele:
"Podemos falar de uma reacção anti-social típica de um contexto de delinquência juvenil, mas resta saber se esse acto não foi preparado", explica o criminologista Barra da Costa, autor do livro O Gang e a Escola, editado pela Colibri em 2002. Defende que os jovens terão discutido o que iriam fazer e, depois, bastou "uma faísca" para executarem o plano.
"São pessoas revoltadas e que andam à deriva. Jovens em situação de risco - alguns ligados à toxicodependência -, que vivem em bairros degradados e estão nas franjas da sociedade. Dá a ideia que é uma violência que acontece pontualmente, mas não é o caso. Em 2001 já se falava em mais de dez mil indivíduos envolvidos em gangs, 75% dos quais actuavam na zona de Lisboa. E, entretanto, nada se fez para encontrar uma solução", diz Barra da Costa.
E qual seria a solução?
"Estas coisas não acontecem nos países em que são dadas condições de vida às pessoas, formação, educação, cultura. As pessoas não nascem criminosas!"

Estão a ver o último parágrafo? Está lá tudo. Se nós os deixássemos ir à escola, se lhes déssemos oportunidades de formação, eles não seriam marginais.
Vêem como este senhor não sabe nada?
Se ele fosse a uma escola, qualquer, veria que estes tipos não a querem. Veria que as escolas recebem estes tipos exactamente da mesma forma que recebm os outros. Veria que não são excluídos. Veria que é o comportamento dos próprios que os conduz à exclusão. Mas não. Ele construiu um modelo teórico pautado por estereótipos esquerdistas socialistas, e não consegue saír dele!
Fica aqui uma pergunta:
Nós temos milhões de emigrantes na França e na Alemanha. Eles, como estes, têm lá filhos e netos. Os quais vão à escola e, de acordo com o que estudei, não vão a escolas especiais; vão às mesmas que os alemães e os franceses, que não os tratam nem pior nem melhor que nós.
Estes nossos emigrantes de 2ª e 3ª gerações também fazem "arrastões" lá nos seus países de acolhimento?

Insurgentes (cont.)

Com a devida vénia, fica aqui uma imagem arrepiante. As "vítimas" da nossa sociedade aproveitaram o feriado para irem à praia.

Mais fotos aqui.

Mao Tse-Tung


Gosto muito de ver estes três socialistas juntos. Um deles até era nacional-socialista, e o trio teve grande responsabilidade no controlo demográfico a nível mundial, com mais de 150 milhões de cadáveres às costas.
A ler no Independente em pdf. Um luxo!

10 de junho de 2005

Insurgentes (cont.)

Relativamente ao meu post anterior, veio a minha querida Sulista perguntar "Onde pára a Polícia?".
Polícia? Como? Uma coisa assim...
É inacreditável como ainda existem em Portugal pessoas a pensar daquela forma.
Ó meus senhores, estes insurgentes são lutadores por melhores condições de vida. Lutam contra esta sociedade ocidental corrompida. São vítimas de exclusão social, que não têm outra forma de se manifestarem. Além de que, nas mais das vezes, são originários de famílias "desestruturadas" e vítimas inocentes de injustiças várias.
Por estas razões, às quais acrescem muitas mais que me abstenho de aqui referir, a sua luta só pode ser apoiada. Repressão, nunca! É que "violência gera violência" e não queremos que eles subam a "parada" e passem a pôr bombas ou a usar aqueles cintos especiais que estão tanto na moda.
Pelo contrário, uma política de distribuição de subsídios pode ser muito mais benéfica. É preciso dar-lhes o dinheiro que eles precisam para as suas marcas preferidas e para as suas doses diárias.
Deixo três sugestões:

  1. Que o Presidente condecore com a Ordem da Liberdade (ou da Solidariedade, ou da Igualdade, tanto faz) os líderes destes gloriosos resistentes;
  2. Que o novo Alto Comissário para os Refugiados coloque a protecção destes oprimidos entre as suas prioridades, em vez de ir tudo para o Darfur;
  3. Que a Polícia encete acções de formação junto dos pacatos cidadãos (nós todos), no sentido da necessária reeducação para esta problemática, e, numa fase inicial, proiba a malta de ir à praia, aos centros comerciais e de andar de combóio, incentivando a permanência, barricados, em casa.

Deixo, ainda, uma outra sugestão: leiam sociólogos, porra!

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Actualização:

Vi na televisão.

  • Os insurgentes pareceram-me invulgarmente bronzeados;
  • A polícia está a compreender o fenómeno sociológico: "É normal", disse o graduado;
  • O Presidente Capucho tem de fazer o curso de reeducação. Chamou-lhes marginais. Tsssss!

Insurgentes?


Terão vindo do Iraque?

Não percebi

mesmo nada deste post

Um país de "acumuladores"

De acordo com o Expresso (sem link) e com o Público, apareceram agora mais acumuladores de pensões e subvenções:
  • Jorge Sampaio - Além do seu salário de Chefe de Estado, uma pensão no valor de cerca de dois mil euros mensais;
  • António Vitorino - Além do seu vencimento como parlamentar, aufere de um "subsídio de transição" pelo facto de ter sido comissário europeu, válido por três anos, de cerca de dez mil euros por mês (LIVRA);
  • António Guterres - Recebe a pensão de ex-primeiro-ministro e o vencimento de consultor da Caixa Geral de Depósitos (e a ACNUR virá juntar-se?).
and counting...

10/06 - Dia da Elise

Pode não parecer, mas este é muito maior que o da OUTRA

Hummpffff!

9 de junho de 2005

Eu sabia!

Contemplar o peito das mulheres, é bom para a saúde dos homens e ajuda-os a viver mais tempo!
Foi o que revelou um estudo realizado por um grupo de pesquisadores alemães, e publicado no New England Journal of Medicine. Eles concluíram que olhar fixamente todos os dias, durante 10 minutos, para os seios de uma mulher, é tão benéfico como uma boa meia-hora de exercícios físicos.
Este estudo, efectuado ao longo de 5 anos num grupo de 200 homens voluntários, demonstrou que todos os que aproveitaram o espectáculo entusiasmante e diário de belos seios femininos, sofriam menos de doenças cardio-vasculares e tinham menos problemas de hipertensão do que os que não olharam para os seios todos os dias. A Drª. Karen Weatherby, que dirigiu os estudos, afirmou que:
"Olhar para os seios de uma bela mulher durante 10 minutos, em cada dia, é o equivalente a uma meia-hora de aeróbica. A excitação sexual aumenta a frequência cardíaca, e é benéfica para a circulação do sangue. Nós pensamos que, com tal prática diária, os homens podem aumentar a esperança de vida em pelo menos 5 anos."

Caras amigas, quando sentirem o meu olhar no vosso peito, não se sintam incomodadas. Estou só a fazer o meu exercício cardiotónico.

Dignidade dos professores

O Mocho desatou a dizer coisas certas
A não perder!

Incêndios de Verão

É o mesmo desatino todos os anos. Tudo arde!
Embora fazendo o discurso da catástrofe, da tragédia, do prejuízo económico e ambiental, ninguém está verdadeiramente preocupado com o que arde.
A coisa é de tal forma que o fogo se transformou num negócio. Ao que parece, um bom negócio. Todos parecem lucrar com o fogo. As empresas que alugam materiais e equipamentos (p.e. meios aéreos), as que o vendem (p.e. viaturas, comunicações, dispositivos diversos), media (que "vendem" notícias), e até mesmo as próprias corporações.
Não vou aqui dizer que há alguém interessado no fogo. Não sei. Mas que há quem ganhe muito dinheiro com o fogo, lá isso há.
Também há quem perca. Os proprietários, quando o que arde tem valor (já não há muita coisa com valor ainda não ardida) e os portugueses todos (que pagam os fogos com o seu dinheiros dos impostos). E há, para além disto e obviamente, prejuízos ambientais.
Não sou nenhum especialista em fogos, em combate aos fogos ou em prevenção dos fogos. Todavia, parece-me evidente que, não existindo uma razão única para este fenómeno dos incêndios florestais razão de fundo, a principal residirá na falta de limpeza das "matas". O nosso nível de vida subiu muito e, hoje, praticamente ninguém utiliza os "matos" para aquecimento ou para fertilizantes. Por outro lado, o custo da mão-de-obra também subiu extraordinariamente, de tal modo que se mostra insustentável mandar limpar as matas. De resto, há milhares e milhares de hectares de floresta votados totalmente ao abandono, cujos proprietários, muitas vezes, residem longe, que, por razões legais, não podem ser limpos por terceiros.
Bem sei que há linhas de subsídios para limpeza de matas. Mas, em Portugal, atribuir subsídios não funciona. A malta recebe a massa e "faz que faz".
É tempo de acabar com isto!
É tempo de transformar a prevenção num negócio tão rentável quanto o do combate!
Três medidas muito simples e complementares:
1) Comprar os produtos resultantes da limpeza da floresta, pagando bem, muito bem, o quilograma (a tonelada);
2) Colocar brigadas a fiscalizar a limpeza;
3) Aplicar coimas pesadas a quem, recusando o dinheiro da venda, mantenha as suas matas ao abandono.

Isto é muito simples.
Mesmo que gastemos o mesmo que no combate (muitos milhões de euros) teríamos a vantagem de manter a floresta.

Senhor Primeiro-Ministro, o senhor que anda, embora a reboque, a disparar em todas as direcções, dispare também para aqui.

Rui Gomes da Silva


O tempo e o Partido Socialista vieram provar que este senhor tinha carradas de razão. É a única conclusão que se pode retirar da presença semanal de António Vitorino na RTP1. O homem nem comentador é. É um político do PS e vai à TV nessa condição.
Sem contraditório!

8 de junho de 2005

Candidata


Acabei de ver na TV a candidata a "presidenta" da Câmara Municipal de Lisboa.
Depois veio o Eng. ´Scrótas dizer que "não pode haver pensamento sem acção".
E, a olhar para a senhora, pensei que o Eng. tem razão.

Fotos publicitárias

Enviaram-me um e-mail com uma colecção das fotos publicitárias mais sensuais.
Não resisti a colocar aqui duas delas. As outras...


Mangualde nas notícias

Pelas piores razões.
Temos um enorme incêndio. Fui à Sr.ª do Castelo dar uma mirada e, efectivamente, é grande. Não terá os 10 Km de frente que a TV diz, mas é bem grande. Não ameaçará as aldeias de Aldeia Nova e Santiago de Cassurrães, esta última bem grande, que a SIC diz que estão prestes a ser evacuadas, mas é bem grande. Se assim fosse, teria sido decretado o estado de emergência e (ainda) não foi.
Por que será que estes jornalistas teimam em dizer que "se levantou um vento muito intenso"? Nunca mais aprendem que o vento é característico do fogo? Nunca terão observado uma lareira? Será que não lhes dá para pensar?

Ouvi agora mesmo aquela cabecinha do Duarte Caldeira dizer que "é preciso planear em Outubro e Novembro os fogos de Maio e Junho". Fantástico. Planear os fogos.

7 de junho de 2005

Descrédito


O Sindicato dos Professores da Região Centro, com os outros sindicatos de professores da FENPROF, vai levar a efeito uma manifestação, em Lisboa, contra o ataque do governo aos direitos dos professores. Tudo bem. Estão no seu direito. Nada a apontar.
O problema é o que vem escrito no fundo da última página do panfleto que anuncia a manif. Leia. (se não conseguir ler, clique para aumentar)

Já leu? E então?
Veja bem que, embora não haja greve no dia 17, o SPRC vai enviar ao Governo um pré-aviso de greve. Para quê? Para permitir que todos os professores possam participar na manif. Todos? Tantos? Mas não poderiam faltar com outra justificação? Actividade sindical, por conta de férias, sei lá, o difícil é escolher...
Mas então para que servirá o pré-aviso de greve?
Pois é! Está lá escrito. É para aqueles que já esgotaram todas as justificações possíveis para faltar ao serviço!!!
Senhores sindicalistas, ISTO DESCREDIBILIZA A CLASSE DOS PROFESSORES.

Estado Novo

O meu post anterior provocou algum inómodo nalguns dos meus amigos.
Calma aí pessoal!
O Azurara é um social-democrata com alguns traços de liberal. Como tal, repugna-lhe qualquer forma de autocracia. O quadro que publicou, não pretendeu constituir mais do que um alerta com uma pitada de ironia. É que, com tanta trapalhada, tanta trafulhice e tanto descrédito dos eleitos, é possível que surjam movimentos marcados pela saudade ou pelo sebastianismo.
Se assim for, o Azurara estará na primeira linha do "contra".

6 de junho de 2005

Quadro


(foto Azurara)
Este está num restaurantezinho simpático algures para os lados da Serra do Açor.
A continuarmos desta forma, não se admirem se começarem a aparecer mais por aí...

Juíz em causa própria


(no Público)
O senhor Secretário de Estado resolveu aumentar em 35% todos os juízes do seu ano de curso. Depois, "apertado" por esta onda de indignação que varre o país, veio dizer que ele próprio não receberia o aumento.
Oh! Que nobre atitude. Oh! Que supremo desprendimento. Oh! Que coisa sem-vergonha!

Reparem que nem Celeste Cardona, nem Aguiar Branco avançaram com o peregrina ideia. Admitiram, eventualmente, a subida de escalão sem os rectroactivos desde Janeiro de 2004, que custam a bagatela de 2 milhões de euros.
Mas, para estes socialistas famintos e sedentos não há impossíveis.

Dente Limpo - Dente Lindo


Viseu - Universidade Católica - Faculdade de Medicina Dentária - Cartaz do Programa de Saúde Oral Autárquica de Mangualde.
"O mais ambicioso programa de saúde oral alguma vez implementado em Portugal"
Apre!

5 de junho de 2005

Que fique bem claro

Uma pensão mensal e vitalícia de 8.000€ ao fim de 6 anos de trabalho é um ROUBO.
O governador que a propôs, o ministro que a assinou, o primeiro-ministro que a promulgou e o presidente que a sancionou, pertencem todos à mesma cambada de DESONESTOS.

Sinais positivos?

A Visão, revista ideologicamente próxima de PS que a minha mulher insiste em assinar, fez uma pesquisa das nomeações de "boys" publicadas no Diário da República.

Em 36 dias, encontrou 894. Apre! Dá uma média de quase 25 "nomeados" por cada dia de governo. E, mais grave, em alguns casos, para que os seus apaniguados comecem, imediatamente, a receber os chorudos vencimentos (que fazem os ministros roerem-se de inveja) tornou-se necessário pagar indemnizações milionárias aos que lá estavam.
Achais que isto é um bom sinal?
Para mim, não!. Para mim é mais uma vergonha socialista.