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8 de julho de 2008

Investimento público

Tem razão o professor Vital. Pois claro que não!
Modernamente, pode convidar-se um privado a fazer a obra e a explorar a respectiva utilização. Será o cidadão utilizador a pagar a obra. E, se houver insuficientes utilizadores, pode atribuir-se ao privado uma compensação pecuniária periódica vinda do Orçamento do Estado, ou seja, dos impostos que pagamos. Neste caso, todos os contribuintes dão uma modesta ajuda para pagar a obra.
Também se pode contrair um empréstimo para ir amortizando suavemente com o dinheiro dos impostos dos contribuintes. Fica-se com a obra feita e paga-se em suaves prestações. É normal. Afinal, é o que todos nós, simples mortais, acabamos por fazer quando precisamos de algo e não temos o dinheiro todo. Só há problema quando compramos coisas de mais e deixamos de conseguir amortizar os empréstimos. Nessa altura acontecem coisas ruins como, por exemplo, deixar de haver dinheiro para comprar helicópteros que estavam prometidos.

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