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23 de outubro de 2004

SCUT's again

A réplica do meu amigo mocho fez-me voltar ao tema.
Faço-o para clarificar que nada tenho contra a construção de autoestradas, muito antes pelo contrário.
Aquilo a que me oponho, desde a sua génese, é à ideia imbecil que subjaz ao conceito de SCUT.
Imbecil porquê? Por duas razões:
Porque se aceitou que não fossem construídas de raiz, antes que aproveitassem troços já existentes, donde viria a resultar, em muitos casos, a inexistência de verdadeiras alternativas;
Porque se funda naquele típico porreirismo, naquele populismo lusitano, de acordo com o qual a malta não tem de pagar nada. Tudo é à borla. Se não se paga nada nas escolas, se não se paga nada nos centros de saúde, a que propósito se haveria de pagar nas autoestradas do interior?

Asneira! Por quase toda a Europa (em Portugal também) as autoestradas são portajadas. São pagas! Mas não o são pelo Orçamento do Estado. Não são pagas através de impostos. Paga quem as utiliza. Quem não quer, vai pela estrada normal.

Existe, ainda, um terceiro problema. É que, mesmo aceitando este modelo, o ritmo alucinante com que foram lançadas as obras, hipotecaria (hipoteca) o Orçamento do Estado durante muitos anos.

O que verdadeiramente me irrita é o beco em que (os governos socialistas) nos meteram. Não acautelaram alternativas rodoviárias. Mandaram os privados fazer as estradas. Deixaram a factura para os próximos.
ORA PORRA!!!

Afinal, por que razão não se adoptou o modelo utilizado na Ponte Vasco da Gama - construção por privados e concessão durante x anos? (e esses tristes que a utilizam não têm nenhuma alternativa à borla)

3 comentários:

Anónimo disse...

Continuo à espera de uma resposta a uma coisa muito simples.
Defendes portagens no IP5 certo?
Já reparaste que Mangualde vai ficar cercado de portagens. Para carregal, portagem, para viseu portagem, para a guarda portagem.
Isso será óptimo para o desenvolvimento da localidade não vai?
A verdade é só uma. Hoje tens estradas. Sem as Scuts não as terias. E estarias a fazê-las e a gastar o mesmo dinheiro.As scuts tinham objectivos de solidariedade nacional. Apoio ao desenvolvimento do interior. Com o psd voltamos ao habitual. O que interessa é o litoral . Como autarca deves saber que foi com o ps que o interior do país teve maior desenvolvimento e investimento por parte do estado.
Não tens alternativas a essas estradas . Logo não devem existir portagens.A questão é simples.BAstava manter o orçamento do ministério. E essa foi uma opção politica como disse.
Posso-te dizer infinitas formas de arranjar e poupar dinheiro, mesmo sendo um pouco demagogo, mas nisso o psd é mestre.
Só duas ou trÊs:
acabar com o dinheiro que mandamos para o jardim.
acabar com os deputados regionais. ( um deputado por 3000 habitantes)
acabar com os 8 motoristas do paulo portas.
probir as camaras de meter todos os amigos e votantes do presidente como empregados.a comear pela de azurara, as do pcp e as da madeira.
Proibir os Ruas deste país de fazer emprestimos.
- obrigar a camara de gaia a pagar o centro de estagios que oferece ao fcp
-obrigar as empresas a pagar irc ou irs.
-obrigar os médicos , arquitectos.. empreiteiros , restaurantes.... a pagar impostos
O problema está aqui não está nas scuts. As scuts pretendem resolver um problema. E conseguem. A falta de coragem em ir buscar as receitas onde elas existem é que é o problema.
Como verificas é simples....

Uma nota mais. fica-te tão mal esse papel de colocar o governo como vitima. Não pega. Não cola. O governo é o criminoso. As vitimas somos nós. Um governo que controla como bem entende a comunicação social, que tem delgados como comentadores em tudo, que tem maioria absoluta não tem desculpas. Tem um primeiro que não eleito é verdade e anda baralhado é verdade. Mas ninguem tem culpa das asneiras constantes. Ou querias que se calassem. Que deixassem um governo com uma legitimidade "discutivel" , fazer asneiras constantes e dizem obrigado por mais esta subida e este aumento. Este governo é arrogante. Logo é bom que tome um pouco do veneno que destila e nos faz a todos nós provar.

Agnelo Figueiredo disse...

Gostaria de afirmar que, em política, o "disparate" é subjectivo. Assim, é legítimo defender ideias, projectos e, até, utopias, argumentando e fundamentando. Limitar a intervenção à adjectivação, a "clichês" e a questões de senso comum é pobre.

Anónimo disse...

Vá lá Azurara - uma resposta à perguntinha.
Defendes ou não que os Mangualdenses paguem Portagem para ir a Viseu pelo IP5?
Defendes ou não que os clogas professores de Viseu para virem dar aulas a mangualde tenham que pagar portagem dezenas de vezes por mês?
Ou é um cliché?Será senso comum?
Não custa muito responder pois não?
Mocho