Pois cá está!
Basta ver algumas das medidas previstas no acordo:
- O valor do frete passará a ser indexado à variação do preço do combustível. Isso mesmo! Um absurdo. Aqui está o autoritarismo destes estatistas a negar o princípio elementar da livre concorrência. Até me custa a crer que no século XXI ainda se consiga legislar uma barbaridade destas. Prefiro acreditar que se trata de algum engano do jornalista;
- No próximo ano fiscal as despesas com combustíveis serão majoradas para efeitos de IRC. Isto é, as empresas transportadoras pagarão menos IRC. Ora, se uns pagam menos, é certo e sabido que vai sobrar para os outros...
- As empresas transportadoras apenas liquidarão o IVA depois de receberem do cliente o valor da factura que emitiram. Ora aqui está uma coisa que todas empresas do país gostariam: de só pagar o imposto depois do cliente ter pago. Mas isto não é para todas. É só para transportadoras. Quem foi discriminado?
- As facturas deverão ser pagas aos transportadores num prazo máximo de 30 dias, com coimas para os casos de incumprimento. Ora aqui está outra coisa que toda a gente quer. Que maravilha. O fim dos calotes. Pagas, pagas depressa, e se não pagares depressa... és multado e pagas na mesma! Fantástico! Pois... Mas não é para todos. Quem é que foi discriminado? Pois claro: todos os que não são camionistas!
E, afinal, não era nada disto que eles queriam. Nem era preciso. Bastava que o Governo se contentasse com a receita do ISP prevista no Orçamento de Estado. Que não cedesse à volúpia da cobrança. Bastava indexar o ISP à variação do preço dos combustíveis. Era fácil! E tinha a vantagem de abranger toda a gente, já que o preço dos combustíveis afecta toda gente. Ninguém teria que pagar as benesses dos outros. Só haveria aqui um prejudicado: O GOVERNO!
E foi por isso que O GOVERNO PREFERIU JUNTAR-SE AOS MANIFESTANTES.
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