O Eng. Cravinho, o "pai" das autoestradas SCUT's, veio hoje dizer que não é necessário recorrer a portagens para suportar os custos das ditas (afinal elas têm custos - é preciso pagá-las às empresas que as construíram).
De acordo com aquele político, bastará reforçar o orçamento do Instituto de Estradas de Portugal com um terço das receitas provenientes do imposto automóvel e do imposto sobre produtos petrolíferos.
Muito bem! Pura aritmética! Inquestionável!
Só há um problema:
Como o dinheiro não nasce, reforçar o orçamento do IEP implica reduzir o orçamento de qualquer outra coisa. Acontece que não ouvi o senhor dizer em que é que se cortaria. Ou seja, ficamos, mais uma vez, nas meias tintas. Onde é que o senhor estaria a pensar em cortar? Na Segurança Social? Nos vencimentos da Função Pública? Onde?
Afinal, quem iria pagar os custos das SCUT's?
Será que não pensou nisso?
Pensar, pensou. Tenho a certeza. Eu é que não o ouvi dizer.
5 comentários:
Nem eu...mas penso que ele estaria a pensar em "cortar" na Educação...
certamente saberia....
além do mais bastava o governo não ter reduzido o orçamento do ministério para que o problema nem se colocasse.
por outro lado caso não se tivessem criado scuts estaria hoje o governo a fazer as estradas e a gastar o mesmo dinheiro.
tudo isto é um falso problema. uma simples questão de opções.temos estradas que não teriamos. e isso contribuiu para o desenvolvimento local.criou riqueza, fez aumentar a receita.
a unica scut que me lembro que poderia ser paga é a via do infante. curiosamente vai ser a mais barata.
é perfeita demagogia colocar a questão da forma comoo governo a coloca. por essa ordem de ideias recuso-me a dar o meu dinheirinho para o ditadorzeco da madeira. não sou utilizador da madeira.
Pelo mesmo motivo já percebi que serás favoravel à portagem da IP5. Não sei se já reparaste que os profs da escola vão pagar cerca de 30 contos mês para vir dar aulas...interessante não?
mocho
Caro Mocho,
É inacretitável a forma como tu, um economista, se permite dizer "...além do mais bastava o governo não ter reduzido o orçamento do ministério..."
Qualquer tipo que alguma vez tenha elaborado um orçamento, saberá que o problema nunca está nas despesas. Está nas receitas! Se há receitas fartas, então haverá dinheiro para todas as despesas. Quando não há, é preciso fazer opções! Quer dizer, se reforço a verba prevista para esta despesa, então tenho de reduzir aquela.
O DINHEIRO NÃO ESTICA!!!
reduzir o orçamento em cerca de de um terço não se destina a reduzir despesas. é uma opção politica. redução do investimento publico. foi isso que foi feito pois nas despesas correntes nada(claro não podemos esquecer as autarquias-e os jobs para os laranjas).
e afinal qual o resultado? sê objectivo. os governos psd reduziram o défice? resposta NÂO?
OS scarificios da ferreira leite resultaram em baixa de défice? NÂO.
No proximo orçamento são outra vez as receitas extraordinárias a tentar mitigar o problema.
e não digas que foi causado pelos socialistas. O PS quando saiu do governo deixo o défice bastante inferior ao tempo de cavaco por exemplo.
mochinho
reduzir o orçamento em cerca de de um terço não se destina a reduzir despesas. é uma opção politica. redução do investimento publico. foi isso que foi feito pois nas despesas correntes nada(claro não podemos esquecer as autarquias-e os jobs para os laranjas).
e afinal qual o resultado? sê objectivo. os governos psd reduziram o défice? resposta NÂO?
OS scarificios da ferreira leite resultaram em baixa de défice? NÂO.
No proximo orçamento são outra vez as receitas extraordinárias a tentar mitigar o problema.
e não digas que foi causado pelos socialistas. O PS quando saiu do governo deixo o défice bastante inferior ao tempo de cavaco por exemplo.
mochinho
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