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18 de novembro de 2004

Liberdade editorial?

Li no Público (on-line) o seguinte:

[…]A AACS sustenta que, apesar das versões contraditórias sobre o sucedido, "a simples abordagem de questões estratégicas da empresa" permitem concluir que houve "um constrangimento sobre o colaborador". Nesta conversa, a AACS considera que o presidente do grupo Media Capital "interferiu objectivamente" na área da exclusiva responsabilidade do director de informação da TVI, o que "infringe a liberdade editorial".

Parece-me que são as opções estratégicas (de uma empresa) condicionam o êxito ou malogro da organização. Numa empresa do audiovisual, a estratégia passará, entre outras, pela definição de conteúdos adequados ao público-alvo pretendido, bem como pela forma como se trata a “informação”. Naturalmente, as opções estratégicas são tomadas, no caso do sector privado, pelos investidores. É por isso que há, por exemplo, jornais tão distintos como o “Público”, o “24 Horas” e o “Expresso”.

Ora, aquilo que a AACS veio dizer é que em televisão não é assim.
Em televisão, há áreas que são da exclusiva responsabilidade de pessoas contratadas pela administração. Isto é, há áreas nas quais a administração está impedida de interferir (?)
Bem vistas as coisas, em televisão, à administração resta pagar os vencimentos do pessoal.
APRE!

4 comentários:

João Campos disse...

Ok. Isso é interessante. Assim, a televisão é mais controlada - e manipulada, talvez? - do que a imprensa escrita. No entanto, e se assim é, como se explicam as enormes diferenças entre as linhas editoriais da TVI e da RTP1, ou até mesmo da SIC? É que se observarmos, por exemplo, os noticiários das 20h das três (exercício que já fiz em aula e em casa, por curiosidade), deparamo-nos com "mundos", por assim dizer, completamente diferentes.

Agnelo Figueiredo disse...

Olá caro estudante de Jornalismo.
Não será essa diversidade, de que fala, que constituirá, verdadeiramente, a liberdade de opinião e expressão?
E, no sector privado, não será o "targeting", isto é, o direccionamento para determinado público - diferente de uma estação para outra - que garantirá a pluralidade?
E, mais ainda, não será à administração que competirá definir as opções?

João Campos disse...

"E, mais ainda, não será à administração que competirá definir as opções?"
Decerto que sim, no caso da TVI. No entanto, se analisarmos a recente polémica no seio da RTP, vemos que as coisas podem não ser assim tão lineares. Isto aceitando a versão oficial, segundo a qual a Direcção de Informação da emissora estatal se demitiu a propósito da escolha de um enviado especial (a mim, não sei porquê, parece-me desculpa, mas tudo bem). Apesar de estar no topo da hierarquia, nem sempre a Administração pode fazer o que bem entende - internamente falando. Não sei porquê, mas entre o caso enunciado neste artigo do Público e na polémica da RTP não há uma certa analogia?

Anónimo disse...

És mais um básico seguidor do PSL. Das duas uma: Ou arranjas um tachinho num governo psd ou vais trabalhar para as obras!!!