Cheguei agora do Auditório da Biblioteca Municipal onde, a convite da Câmara, o Coral do B.C.P. veio dar um "Concerto de Natal". Estavam lá, contei-as, 86 pessoas: 45 eram cantores do grupo, 1 era o maestro e 40 assistiam!
Vendo as coisas pelo lado positivo, até nem terá sido mau.
Pelo menos foi melhor que naquele célebre sábado em que, a mesma Câmara, se lembrou de cá trazer o filme "Mulher Polícia" do Joaquim Sapinho. É que dessa vez estiveram 8 pessoas. Que multidão!
Numa cidade onde se ouvem queixas da falta de iniciativas culturais, isto é exasperante.
Razão têm aqueles que cá trouxeram o Toy e encheram o largo!
Que merda de país piroso!
13 comentários:
Não sei se concordo totalmente. O facto de um produto ser considerado "de massas" ou "de elite" não o torna mais ou menos valioso. Não deixa de ser isso mesmo: um produto. E há que reparar que agora há um grande nicho para os produtores vulgo "independentes" (ie que não têm mercado) que se autointitulam de portadores dA Cultura. Há que desconfiar SEMPRE. Opções culturais (não esquecer os preços praticados!!) são pessoais, são a consequência da educação sofrível praticada pelo país. Há que respeittá-las. Não são pirosas.
O cavalheiro perdoar-me-á...mas então ainda não percebeu que o povinho o que quer é futebol, novelas e vinho? ...e se houver um escandalozinho...tanto melhor, agora...iniciativas culturais? Pois sim. É de louvar a iniciativa da Câmara e só ficou a perder, quem lá não foi.
Sua leitora, pouco assídua ultimamente, pois deveres familiares me chamam...BShell
Exasperante...cavalheiro...é tentar comentar no seu blog...
O cavalheiro perdoar-me-á...mas ...abençoada inocência: então não sabe que o povinho quer é futebol, novelas e vinho? Actividades culturais??? Essa agora...com tantas outras actividades estupidificantes e atrofiadoras da mente...!Um concerto"...
Como diz o brasileiro "cai na real, criatura"...
Sua leitora e admiradora, porém nem sempre de acordo,
BHell
"Sadly enough, but I have to agree"... Pois é. O nosso país anda recheado de mensagens incoerentes. Evidentemente que o Toy - e quem diz o Toy diz outra qualquer "estrela pimba" - enche uma festa. O que por cá o povo quer é festas com cerveja baratinha, bifanas, e que, acima de tudo, não esforce o já tão esforçado intelecto (esforçado em actividades quotidianas de grande exigência mental, como dizer mal do vizinho, insultar o árbitro do jogo que se está a ver pela televisão, fugir aos impostos, "and so on"). Por isso penso às vezes que nem vale a pena alguém com iniciativa se dar ao trabalho... mas aplaudo aqueles que têm coragem para isso!
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