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30 de setembro de 2010

"Chegou o momento de agir"

Chegou, sim. Mas não foi agora que chegou. Já foi há muito tempo. Já toda a gente sabia, menos o senhor Primeiro-Ministro.
Mas, já que demorou tanto, podia, ao menos, ter aproveitado o tempo para estudar a matéria e não vir fazer a esta porcaria que só desgraça o País.
Ó senhor, estas medidas não resolvem coisa nenhuma!
São balões de oxigénio para um sistema em estado terminal. Apenas adiam o inevitável, já que apenas visam aspectos conjunturais - orçamentais. O défice deste ano, e o do próximo, sim, serão diminuídos, mas os problemas estruturais, os tais que estão na base do colapso, esses permanecerão praticamente sem alterações.
E digo "praticamente", porque as duas últimas medidas listadas são:
  • Extinguir/fundir organismos da Administração Pública directa e indirecta;
  • Reorganizar e racionalizar o Setor Empresarial do Estado reduzindo o número de entidades e o número de cargos dirigentes.

Aqui, sim, vê-se alguma preocupação com o gigantismo do Estado. Falta só ver se aqui são incluídas as "fundações", as "entidades reguladoras", os "institutos públicos", a malta que se senta à mesa do Orçamento, e, sobretudo, se aqui estarão as famosas empresas públicas deficitárias. Se estiverem... ...

...

Agora, duas notas de desprezo:

  • Um homem que diz "O povo tem que sofrer as crises como o Governo as sofre", que foi o que disse Almeida Santos, é um palerma.
  • A jogada do fundo de pensões da PT - que no tempo de Ferreira Leite mereceu dos socialistas os maiores vitupérios - não é para ajudar a pagar os submarinos contratualizados em 2004. O que pode ser é para ajudar a pagar os submarinos encomendados por Guterres e renegociados, para quase metade, por Portas. Isto sim, senhor ministro. Já foi contagiado pelo patrão com o vírus da mentira?

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