Senhor Primeiro-Ministro José Sócrates Pinto de Sousa:
O assassínio de um polícia num bairro “problemático” da periferia da capital, vem alertar V/ Ex.ª para a necessidade de dar mais atenção aos problemas da segurança (dos agentes). Repare que, como forma de protesto, já se recusam em andar armados e já só saem das esquadras em situações de emergência e apenas se houver um número considerável de agentes disponíveis. Entretanto, nós, incautos cidadãos, temos de resolver os nossos problemas de segurança com os nossos próprios meios, o que, para além de deveras incómodo, constitui um flagrante atentado à lei da greve, a qual proíbe expressamente a substituição de trabalhadores quando no exercício do seu direito inalienável à manifestação.
Trata-se, por conseguinte, de assunto que requer a intervenção imediata de V/ Ex.ª.
Repare que aquilo que os polícias precisam não é de leis que os protejam quando, no exercício das suas funções, têm de usar “meios desproporcionados” causando, eventualmente, danos corporais em pessoas não dispostas a acatar as regras do convívio democrático. Eles não precisam de leis que os defendam de serem presos por ferrarem um tiro num ladrão de automóveis, de estabelecimentos ou de pessoas, num dealer, ou num outro qualquer criminoso. De resto, a aprovação de uma tal legislação poria em causa o direito inalienável de um criminoso se autodeterminar e prosseguir a carreira que, de forma livre e consciente, escolheu.
Nada disso, senhor primeiro-ministro, não é preciso nada assim tão complexo.
O que os agentes precisam é de coletes de kevlar que minorem os danos provocados pelos tiros dos criminosos e, sobretudo, de viaturas blindadas que lhes permitam passar as rondas naqueles tais “bairros problemáticos”, saindo de lá incólumes.
Não julgue, todavia, que esta é uma questão simples de resolver. É que não basta pensar nos efeitos de uma vulgar caçadeira com zagalotes, ou de uma espingarda automática. É por isso que não serve qualquer viatura blindada. V/ Ex.ª bem sabe a facilidade com que este pessoal pode aceder a lança rockets e a munições com urânio empobrecido, para não falar em dispositivos ainda mais sofisticados. E, para esta emergência, deixo-lhe aqui uma dica: aqueles magníficos tanques Abrams M1A1 que os americanos usaram no Iraque. Agora que o vão abandonar, talvez sejam uma pechincha.
Outra coisa fundamental é a atribuição de um subsídio de risco aos agentes. Esta sim, uma medida vital, já que evitará a morte de mais qualquer agente em serviço.
Estas medidas, foram, como saberá, claramente exigidas pelos sindicalistas que exemplarmente representam os polícias.
Senhor Primeiro-Ministro, não hesite. A situação exige uma intervenção urgente e corajosa como V/ Ex.ª já nos habituou. Os polícias confiaram em si, tal como, aliás, a maioria dos portugueses.
Não os desiluda. Não traia a confiança deles.
Azurara
4 comentários:
azurara... andas um demagogo completo.
o governo foi teu critica o teu governo. o ministro da defesa era o grande portas e o adminitração um psd qualquer... sabes que a mãe do policia não tem direito a qualquer subsidio do estado? e sabes o motivo?
uma lei de durão não as considera com direito ao mesmo. como não existem fihos a mãe receberá a esola dos colegas ou alguma esmola de ultima hora da seguraça social. lei aliás que nem está regulamentada. o santana tinha certamente mais que fazer. a que propósito falas no sócrates neste caso? manda a carta aos ministros do teu partido.se calhar em vez de submarinos ....
Não alcançaste o cerne do problema. Ficaste pela rama. Não tocaste nos conceitos político-ideológicos subjacentes à matéria.
Além disso:
1 - O Portas (Paulo) era ministro da Defesa e não da Administração Interna
2 - Quando se pretende resolver um problema dirige-se a quem está, ou vai estar, (neste caso, virtualmente, já está) no poder - O Pinto de Sousa.
mas eu digo que o portas é da defesa. o do psd nem me lembro do nome. está lá.
em segundo lugar obrigado por reconheceres que três anos de demagogia do psd/pp não resolveram o problema.
é que é bom não esquecer quem tinha obrigação de resolver e não o fez.
mocho
Parecem dois políticos na Assembeleia da República!!!
Andam à anos a tentar a perceber de quem é a culpa do estado a que Portugal chegou... em vez de tentarem de forma conjunta elaborar uma lei que faça no mínimo atenuar o caos que existe nas forças de segurança pública.
P.S.: E a culpa é o do Pinto da Costa!!!
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