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20 de abril de 2006

A Solução Final

Postei aqui sobre a crise aberta pelo programa nuclear Iraniano. Num dos comentários, veio o amigo Balula Jr defender que a comunidade internacional deve dialogar com o governo do Irão no sentido de chegar a um acordo, o qual poderá passar pela concessão de “benefícios financeiros”.
É certo que esta ideia vem impregnada daquele ímpeto romântico/juvenil característico deste nosso amigo, e tão próprio de uma certa esquerda. Mas, pelo menos por uma vez, estará aqui uma verdadeira descoberta. Quiçá o embrião da solução definitiva para o nosso eterno problema: o défice!
É muito simples:
Em vez da OTA e do TGV, (se o dinheiro não der para tudo), devemos avançar com um programa para produção barata de energia eléctrica – centrais nucleares. (se é uma opção válida para o Irão, porque não para nós?). Bom, mas não nos ficamos pela central. Teremos de eleger o desígnio nacional de produzir o nosso próprio combustível. Ou seja, teremos de fazer enriquecimento de urânio. Mas - finórios - vamos enriquecê-lo mais que o necessário para combustível da central nuclear. Vamos até ao ponto de poder produzir uma BOMBA!
Nessa altura, o nosso primeiro-ministro presidente fará alguns discursos inflamados e dirá que não nos esquecemos daquele ultraje que os ingleses nos fizeram com o “mapa cor-de-rosa”, o ultimato e outras badalhoquices, e aludirá à possibilidade de virmos a “riscar do mapa” a Inglaterra. (também podemos arranjar qualquer coisa contra a França, ou a Alemanha, e nem preciso de falar nestes "cães" que temos à porta). É claro que não nos faltarão alguns milhares de "combatentes da liberdade" que, então, descerão a Avenida envergando os seus cintos-bomba, prontos para o supremo sacríficio contra aqueles que nos quiserem impedir de fabricar a BOMBA.
E… tchammm, tchammmm!
Aí teremos a comunidade internacional a vir dialogar connosco, respeitosamente, de chapéu na mão: “Que não. Que não precisamos de ir por aí. Que não há necessidade. Que eles até nos dão umas 'massas', perdoam as dívidas e etc. e tal”
É claro que a malta aceita a “massita”. Mas fazemos a BOMBA na mesma. Sim, que ainda havemos de mostrar àqueles sevandijas...

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