29 de junho de 2006
Trabalho Infantil
- Sabe, esteve cá o filho de fulano. Veja lá que queria que lhe desse trabalho aqui.
- Mas é um garoto…
- Pois é. Tem 14 anos.
- Então mas…
- Passou de ano. Está de férias e queria aqui ficar a ajudar nestes dois meses. Perguntei-lhe porquê e disse-me que queria ganhar dinheiro.
- Boa! E então?
- Então nada. Mandei-o embora. Com 14 anos! Já viu? Porra!!!
- Coitado do puto…
Será que um miúdo que tem uma frequência escolar normal não deveria poder trabalhar nas férias? Legalmente. Com contrato e tudo?
Será que trabalhar nos meses de férias escolares – Julho e Agosto – é prejudicial?
Não teria, pelo contrário, efeitos benéficos?
Não seria uma forma de ensinar o valor do trabalho?
Não se tratará, mais uma vez, da cegueira extremista dos estereótipos?
É que o puto não vai conseguir ganhar as tais massitas. Pelo menos de forma honesta e honrada não vai…
27 de junho de 2006
De bicicleta?
“Se conseguirmos que as crianças se desloquem em bicicletas desde cedo, conseguiremos importantes progressos para a sua saúde, para o ambiente e para o tráfego”, disse o ministro dos Transportes, Douglas Alexander.
Nós, por cá, ainda estamos na fase anterior: estimular os alunos a irem de automóvel ou autocarro, ainda que as distâncias sejam curtas.
Mas lá haveremos de chegar...
26 de junho de 2006
Ansiosa
25 de junho de 2006
Futebol Fútbol
Assim, com acento e tudo, à espanhola, fica melhor no dia de hoje.
Bem torci pelos Mexicanos que vulgarizaram a Argentina. Até cheguei a vituperar aquele árbitro que me fez lembrar o Olegário. Mas não deu...
A propósito de futebol, duas curiosidades:
- Dos 23 jogadores da Selecção Nacional, 9 foram formados pelo Sporting.
Porra! Julguei que eram mais! - O Ronaldo não se mexe, mas o Cristiano merche-se muito bem.
22 de junho de 2006
Olhó lobby
Então estão com medo da oferta estatal?
Ó meus senhores, é claro que num sistema concorrencial só sobrevivem as empresas que prestem serviços com qualidade. Com mais qualidade que a concorrência, leia-se.
Se estão com medo que os clientes fujam para o sector estatal, ofereçam serviços que justifiquem o aumento de custos para os pais. Ora essa!
21 de junho de 2006
Inquérito - Resultados
Numa breve análise, cabe-me dizer que não estranhei os "zero" votos obtidos por Roberto Carneiro e Fraústo da Silva. O primeiro terá sido, provavelmente, o único Ministro da Educação, desde 1974, que tinha uma "ideia" para o nosso sistema educativo.
Muito curioso é o "score" obtido por Santos Silva.
19 de junho de 2006
Inquérito
Não estão lá todos os que foram ministros. Estão os mais recentes e também aqueles que se mantiveram mais que meia dúzia de meses.
Não pergunto "qual o melhor" porque... verdadeiramente... bem...
Mas não deixe de votar.
Uma aposta ganha
18 de junho de 2006
Quotas para mulheres
Agora veio outra "bomba":
Ele quer mais mulheres no Parlamento para que tenham "mais visibilidade". Assim, pode "aumentar a probabilidade de uma mulher ser escolhida para um lugar de nomeação". Quotas no Governo e nos lugares dos "boys", já não. Aí deve ser o Primeiro-Ministro a "escolher livremente".
É claro que compreendo perfeitamente o alcance da ideia. O Parlamento passa a ser uma montra com grande visibilidade; o primeiro-ministro olha... volta a olhar... e diz: aquela serve!
15 de junho de 2006
PIB por habitante
A propósito, há uns tempos, quando uma qualquer empresa decidia encerrar para "deslocalizar", a culpa costumava ser do governo por pactuar com os desígnios do capitalismo global.
Agora, ao que se vai lendo e ouvindo, já não é. Então de quem é?
13 de junho de 2006
Pulhice
Aconselho vivamente a sua leitura. Mesmo que não goste futebol, faça um esforço e leia até ao fim. Vai ver que não se arrepende.
(tome providências para não vomitar em cima do teclado)
12 de junho de 2006
O tabefe
Segundo o relato da dirigente sindical, "pouco tempo depois" terá entrado na sala onde estava a docente um casal, aparentemente familiar do aluno, que a insultou, tentou arremessar-lhe à cabeça um balde de lixo de alumínio e lhe bateu na cara e na cabeça repetidas vezes até que os restantes professores e auxiliares conseguiram por cobro ao ataque.
A professora, de 50 anos, foi assistida pelo Instituto Nacional de Emergência Médica na escola e vai ficar de baixa, adiantou Maria Conceição Pinto.
Isto não é nada grave, meus caros.
Grave, mesmo muito grave, é o padre nãoseioquê da Casa do Gaiato ter dado um tabefe num puto chato. Também se tramou! Agora enfrenta um processo crime.
11 de junho de 2006
A metáfora do embaixador
A China é a fábrica do mundo.
A Índia é o escritório do mundo.
A África é o hospital do mundo.
A América Latina é a discoteca do mundo.
Os Estados Unidos são o centro comercial do mundo.
e
A Europa é o museu do mundo.
Bem apanhada, não?
Uma piada docente decente
Na Inglaterra, as vacas são loucas.
Em Portugal, as vacas são ministras.
(por sms)
10 de junho de 2006
Crescimento "virtuoso"?
Estamos a ficar ainda mais pobres quando comparados com os outros países, estamos a divergir relativamente às taxas crescimento da economia mundial, estamos a ver o nosso fosso para a Europa a aumentar... e o Primeiro-Ministro diz que está satisfeito! Trágico!
9 de junho de 2006
Iniciativa privada?
A Ministra da Educação anunciou hoje o modelo de organização das actividades de enriquecimento curricular a implementar nas escolas primárias. Estas actividades, que se vêm juntar ao Inglês (lançado no ano passado) deverão ser organizadas pelas autarquias, ou pelas associações de pais, ou IPSS ou agrupamentos de escolas, que receberão para tal uma determinada importância por aluno. Os pais continuarão sem pagar nada.
De imediato veio a Fenprof criticar o modelo dizendo que entregar “à iniciativa privada aspectos essenciais do currículo do primeiro ciclo do ensino básico só prejudica a qualidade da educação".
Como se perceberá, o que a Fenprof está a dizer é que
- Autarquias, Associações de Pais, IPSS e Agrupamentos de Escolas são “iniciativa privada”
- Inglês, Música e Educação Física são “aspectos essenciais do currículo do primeiro ciclo”
e isso permite compreender a razão de muita coisa…
O que a Fenprof não está a dizer é de quem é o prejuízo, nem porque é que haverá prejuízo...
7 de junho de 2006
Outro 25 de Abril?
"Se não tomarmos nas nossas mãos a oportunidade de invertermos o rumo da situação, vamos ser fortemente penalizados por esta política", incitam as associações.
Isto não é coisa que se diga de ânimo leve, pois não?
Bom, o 25 de Abril de 1974 teve na origem a insatisfação dos oficiais subalternos. Agora são os sargentos e os praças...
5 de junho de 2006
Sinais positivos
...
Exp - É preciso também avaliar a competência pedagógica.
MFM - Outra aberração! A chamada relação pedagógica é uma entidade mítica: é diversas coisas para diversas pessoas. Para uns significa que os professores sabem motivar os alunos; para outros que são exigentes; para outros — o mais perigoso — que os alunos amam o professor. Só que a aprendizagem é uma coisa difícil. Os alunos têm de perceber que os professores sabem mais do que eles e que, por vezes, têm de ser antipáticos.
Exp - A escola não é democrática...
MFM - Não pode ser. Há na escola uma hierarquia de poder: o professor sabe, o aluno não.
Exp - Os Governos receiam essa ideia?
MFM - Tanto os ministros do PS como do PSD. O estranho é que ambos vivem banhados numa cultura da esquerda de 68: «somos todos iguais, aprender é um prazer, é proibido proibir». Essas tretas entraram mesmo na direita portuguesa que não foi capaz de produzir uma ideologia alternativa. É uma espécie de fruto mau de uma árvore boa: é claro que os professores têm de saber ensinar, que as aulas têm de ser atractivas. Mas também têm de saber e poder exercer o seu poder. Acabar com os «chumbos» foi péssimo.
Exp - O Ministério não se adaptou?
MFM - Não e os professores têm todas as razões de queixa. Porque o Ministério, em vez de criar um regulamento disciplinar para punir os alunos, optou por uma aberração que subverte o poder do professor. É um disparate completo! Considera as partes iguais, numa altura em que os professores têm perante si selvagens. Porque o que dantes a família fazia, deixou de fazer. Desapareceu a cultura patriarcal e muitas famílias não sabem ou não podem transmitir normas básicas.
...
Basicamente, o que Filomena Mónica diz, é o que digo há muitos anos. A diferença é que ela é uma "voz autorizada"...
2 de junho de 2006
2 de Junho de 1981
Foram 25 anos que passaram com uma rapidez estonteante. A bem dizer, não dei conta. Lembro-me como se tivesse sido ontem da forma como começámos a desenvolver software para computadores que … ainda não havia. De facto, em 1981, verdadeiramente, só uma empresa de Mangualde tinha um computador: a Citroën. Mas nós tínhamos um. Um magnífico Tandy Radio Shack, com uma RAM de 64 KB e Dual Floppy Drive de 5 ¼’’ com 140KB de capacidade. Um estrondo! Uma máquina poderosíssima! E lembro-me muito bem dos nossos concorrentes. Eram as máquinas de contabilidade da Olivetti, as famosas A4, que durante algum tempo nos continuaram a ganhar negócios. Mas depois…
Bom, depois foram 25 anos de vertigem tecnológica.
E por falar em tecnologia:
Há por aí algum sinal do “choque tecnológico”? Mesmo pequenino, há algum?