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5 de junho de 2006

Sinais positivos

A situação da Educação em Portugal está de tal forma degradada, que começam a surgir, ainda que timidamente, vozes desafiadoras do romantismo esquerdista que nos tem dominado desde há 30 anos. Veja-se esta entrevista de Maria Filomena Mónica ao Expresso (em papel);

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Exp - É preciso também avaliar a competência pedagógica.
MFM - Outra aberração! A chamada rela­ção pedagógica é uma entidade mí­tica: é diversas coisas para diver­sas pessoas. Para uns significa que os professores sabem motivar os alunos; para outros que são exigen­tes; para outros — o mais perigoso — que os alunos amam o profes­sor. Só que a aprendizagem é uma coisa difícil. Os alunos têm de per­ceber que os professores sabem mais do que eles e que, por vezes, têm de ser antipáticos.

Exp - A escola não é democrática...
MFM
- Não pode ser. Há na escola uma hierarquia de poder: o professor sabe, o aluno não.

Exp - Os Governos receiam essa ideia?
MFM - Tanto os ministros do PS como do PSD. O estranho é que ambos vivem banhados numa cultura da es­querda de 68: «somos todos iguais, aprender é um prazer, é proibido proibir». Essas tretas entraram mes­mo na direita portuguesa que não foi capaz de produzir uma ideologia al­ternativa. É uma espécie de fruto mau de uma árvore boa: é claro que os professores têm de saber ensinar, que as aulas têm de ser atractivas. Mas também têm de saber e poder exercer o seu poder. Acabar com os «chumbos» foi péssimo.

Exp - O Ministério não se adaptou?
MFM
- Não e os professores têm todas as razões de queixa. Porque o Ministé­rio, em vez de criar um regulamento disciplinar para punir os alunos, op­tou por uma aberração que subverte o poder do professor. É um disparate completo! Considera as partes iguais, numa altura em que os profes­sores têm perante si selvagens. Porque o que dantes a família fazia, dei­xou de fazer. Desapareceu a cultu­ra patriarcal e muitas famílias não sabem ou não podem transmitir normas básicas.

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Basicamente, o que Filomena Mónica diz, é o que digo há muitos anos. A diferença é que ela é uma "voz autorizada"...

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