gerado por sloganizer.net

6 de março de 2007

Professor Titular

Havia alguns aspectos na proposta de regulamentação do Concurso de acesso a Professor Titular que, na minha opinião, deveriam ser revistos. Mais concretamente, estou a referir-me às faltas por maternidade – a maternidade deve ser incentivada – e à não valorização do desempenho da função de Direcção de Turma – pela importância real que tem na escola actual.
Felizmente, a
última versão do documento em discussão veio contemplar estes aspectos.

Só que foi muito para além disto. Tão além que, para mim, se constitui como a absoluta negação do paradigma que terá presidido à sua concepção inicial.

De facto, no documento actual valoriza-se do mesmo modo o professor que, num dado ano, nunca faltou e aquele que faltou 8 dias. Mais grave, o professor que faltou 14 dias apenas perde 2 pontos relativamente ao que nunca faltou. E, muito mais grave, mesmo o professor que faltou mais de 20 dias num ano (!!!) – sem limite – acaba por pontuar.

Se isto não é o “derreter” da anteriormente defendida importância da assiduidade…

Falta dizer que, com este critério "generoso", aumentará enormemente o número de professores em condições de ocupar um lugar de professor titular.

Ou seja, a Ministra trocou um problema por outro problema: vão ser as quotas a impedir o acesso à categoria de professor titular.
E, no meu entender, seria mais fácil defender o não acesso com base num critério de exigência do que com base na fixação arbitrária de uma quota de um terço. A Ministra adiou a contestação e "arranjou lenha para se queimar".

Para um Governo que vinha fazendo do rigor o seu panegírico, isto é uma cedência em toda a linha.
Que, diga-se, se segue a igual cedência na questão dos serviços de urgência…

Será que vamos voltar para o paradigma guterrista?

Sem comentários: