Mas, já que demorou tanto, podia, ao menos, ter aproveitado o tempo para estudar a matéria e não vir fazer a esta porcaria que só desgraça o País.
Ó senhor, estas medidas não resolvem coisa nenhuma!
São balões de oxigénio para um sistema em estado terminal. Apenas adiam o inevitável, já que apenas visam aspectos conjunturais - orçamentais. O défice deste ano, e o do próximo, sim, serão diminuídos, mas os problemas estruturais, os tais que estão na base do colapso, esses permanecerão praticamente sem alterações.
E digo "praticamente", porque as duas últimas medidas listadas são:
- Extinguir/fundir organismos da Administração Pública directa e indirecta;
- Reorganizar e racionalizar o Setor Empresarial do Estado reduzindo o número de entidades e o número de cargos dirigentes.
Aqui, sim, vê-se alguma preocupação com o gigantismo do Estado. Falta só ver se aqui são incluídas as "fundações", as "entidades reguladoras", os "institutos públicos", a malta que se senta à mesa do Orçamento, e, sobretudo, se aqui estarão as famosas empresas públicas deficitárias. Se estiverem... ...
...
Agora, duas notas de desprezo:
- Um homem que diz "O povo tem que sofrer as crises como o Governo as sofre", que foi o que disse Almeida Santos, é um palerma.
- A jogada do fundo de pensões da PT - que no tempo de Ferreira Leite mereceu dos socialistas os maiores vitupérios - não é para ajudar a pagar os submarinos contratualizados em 2004. O que pode ser é para ajudar a pagar os submarinos encomendados por Guterres e renegociados, para quase metade, por Portas. Isto sim, senhor ministro. Já foi contagiado pelo patrão com o vírus da mentira?