Uma investigação que, em sede de acusação, escreve “naquele dia, em local, por razões e de modo não apurados, o arguido molestou corporalmente António d’Albuquerque, de modo não apurado, matando-o e, de seguida, dispôs do seu corpo, igualmente de modo não apurado, mas idóneo a impedir que fosse encontrado” é uma merda.
Mas afinal apuraram o quê?
Que os alegadamente falecidos, mas por enquanto apenas desaparecidos, iam a casa do homem, de quem eram amigos ou conhecidos?
Que o pai de um deles lhe deu um telemóvel?
Que o tipo andava no carro que um outro desaparecido deixou lá em casa, onde até vivia?
Ok. Mas isto prova que os matou, ou é tudo circunstancial?
Cá para mim, o que aqui temos é uma Leonor Cipriano em versão masculina. Só falta darem-lhe uma carga de porrada para confessar e, depois, cair pelas escadas abaixo.
Até posso admitir que o homem seja mesmo assassino, mas exige-se uma investigação criminal que o prove inequivocamente. Assim é uma vergonha. Uma lástima !
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