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19 de novembro de 2005

Há que apoiar a greve

As palermices dos sindicatos de professores levam a que a rapaziada desate a escrever coisas como esta, publicada no Independente de hoje, 18, e assinada por Miguel Beleza.

Os professores têm razão

A ministra da Educação não gosta dos professores. Há pouco vio­lentou-os, obrigando-os a fazer exames. Não é justo. O facto de os alu­nos e os pais poderem perder um ano não tem qualquer importância face às legítimas e nada corporativas razões dos professores. Segundo li, vi e ouvi, a ministra prepara-se agora para aumentar o horário de trabalho dos professores para 29 (!) horas por semana, e substituir professores que faltam. É injusto. Vinte e nove horas é pouco menos do que eu próprio tra­balho durante dois ou três dias e é claramente preferível que os alunos aproveitem para descansar durante as inúmeras horas de aula em que o pro­fessor titular é obrigado a faltar por razões totalmente legítimas.
Mas há pior. A ministra quer que os professores se fixem nas escolas por três ou quatro anos. Além da monotonia que para eles significa vários anos na mesma escola, retira aos professores o prazer de ter de mudar de alojamento com tanta frequência. Por outro lado, é sabi­do que há toda a vantagem em que os alunos sejam sujeitos a diferentes pro­fessores todos os anos. Evita-se assim, por exemplo, a permanência de pro­fessores mais aborrecidos ou piores pedagogos durante mais de um ano. Além disso, mudar todos os anos de professor aumenta a capacidade dos alu­nos de se adaptarem a situações novas.
Finalmente, e ao que parece, a ministra prepara-se para copiar o que acontece à generalidade dos traba­lhadores portugueses. Quando un dos cônjuges ou equivalente é colo­cado noutro local, têm que resolver o problema. É uma medida de combate à família, ao arrepio das anun­ciadas intenções governamentais.
Há que apoiar a greve.


Realmente! Se tivesse lido isto mais cedo, também eu teria apoiado a greve.

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