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27 de dezembro de 2005

Poderes e intromissões

Em entrevista ao "Jornal de Notícias", questionado sobre o problema da deslocalização das empresas estrangeiras a actuar em Portugal, o ex-primeiro-ministro afirmou: "Há uma coisa que pode ser feita em Portugal, que eu sei que já foi feita noutros países. Podia existir um responsável do Governo que fizesse a lista de todas as empresas estrangeiras em Portugal e, de vez em quando, fosse falar com cada uma delas para tentar indagar sobre problemas com que se deparam e para antecipar algum desejo dessas empresas se irem embora, para assim o Governo tentar ajudá-las a inverter essas motivações". "Tem de ser um acompanhamento com algum pormenor que deveria ser feito por um secretário de Estado especialmente dedicado a essa tarefa", acrescentou Cavaco Silva, referindo que a sua declaração pública deveria ser já encarada como uma proposta ao Governo.O ex-primeiro-ministro afirmou ainda que este tipo de acções já teve lugar noutros países europeus, nomeadamente na Áustria, acrescentando que a missão de um Presidente é "ajudar a aumentar o clima de confiança" nacional.

Perante estas palavras, a malta não teve qualquer dúvida: "Cavaco está a intrometer-se na esfera de acção do Governo. Os poderes do Presidente da República não abarcam estas competências".

Claro que, sobretudo depois do debate Cavaco-Soares, toda a gente compreendeu que o PR não tem poder para nada. Nem sequer para ilustrar exemplos seguidos por outros países. O próprio Soares disso deu provas durante os 10 anos em que esteve em funções. Para quê sugestões? Para quê exemplos de outros países? Nada disso. Visitar outros países, isso sim! Nisso, Soares foi REI. E é quanto basta para preencher o mandato: viajar.
Mas Cavaco acha que é pouco. E eu também!
(Entretanto, Cavaco vai expondo as suas ideias, e os outros vão falando sobre as ideias de Cavaco)

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