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23 de abril de 2005

Hipocrisia e vistas curtas

(Fotos de O Público - clique para aumentar)
Da leitura da notícia da esquerda ficamos a saber o que já sabíamos: que as empresas portuguesas (têxteis e outras) não faliram (na generalidade dos casos) por inépcia dos empresários e/ou inacção do Governo do PSD, e que continuarão a falir independentemente da acção do Governo do PS. Falirão pela simples razão de não conseguirem competir, isto é, de não serem capazes de produzir produtos de qualidade superior a preços mais baixos que os dos chineses e companhia. Ora, isto é muito mau para nós, como para toda a Europa.
Mas, como se pode ler na imagem da direita, o PM francês já encontrou uma solução: "atirar ao tecto" o embargo sobre venda de armas à China. Brilhante!
Assim, vemos que a economia age como uma esponja e lava os atropelos da China aos direitos humanos. Passamos a "assobiar para o ar". Tianamen, Tibete, liberdade de expressão, condições de trabalho… isso são coisas que não interessam nada quando se trata de arrecadar uns cobres.
Vai daí, vamos vender-lhes armas. Claro que não se trata de vulgares espingardas ou pistolas. Disso têm eles aos montes. Trata-se, isso sim, de armas de alta tecnologia que custam preços fabulosos.
Há, contudo, um pequeno problema: a China, é sabido, não respeita os tratados internacionais sobre direitos e patentes. E o que vai fazer? Obviamente, aquilo que melhor sabe fazer: copiar! Recorde-se que a China, ainda recentemente, comprou uma central nuclear para produção de energia eléctrica e … construíu seis iguaizinhas.
Assim, além de as usar, o que é que a China vai fazer com as armas de alta tecnologia?... Pois é!
Repare-se que até mesmo com a indústria farmacêutica isso acontece. Copiam tudo!
Então, o que vai sucerder? É simples. As empresas ocidentais, que investem balúrdios em investigação e desenvolvimento, não vão conseguir obter o retorno financeiro dos investimentos e … acabarão por fechar, seguindo o exemplo da restante indústria. Ou seja, os gigantes europeus, nomeadamente a França e a Alemanha, que agora "olham para o lado", insistindo na abertura dos mercados europeus na mira de lhes venderem os seus produtos de alta tecnologia, dentro em breve não terão nada para vender.
Nessa altura não teremos nada para lhes vender e tudo para lhes comprar. Não teremos é dinheiro para pagar!

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