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14 de junho de 2005

Álvaro Cunhal

Hoje levantei-me a ouvir a notícia da morte de Álvaro Cunhal. Durante o dia, tive poucas oportunidades de ver e ouvir notícias, mas nas poucas a que pude dar atenção, não faltaram elogios ao "homem de estado" que foi Cunhal; ao paladino da liberdade; ao homem de "convicções".
Agora, em casa, depois de dar a minha voltinha habitual pelos blogs, fiquei ainda mais perplexo! Tirando um ou dois artigos "sem papas na língua", tudo são encómios ao senhor. "Um homem bom que fica a marcar o século XX português." Extraordinário!
Só não percebo como é que, com toda esta base de apoio, o Partido Comunista nunca ganhou eleições!
Ou será que "a malta" tende a pensar que, depois de mortos, todos fomos bons?
Eu não!

5 comentários:

Anónimo disse...

E eu tão pouco.

Estrela do mar disse...

...Azurara...tu não dás hipótese...deixa lá senhor agora descansar em paz...estás-me a ouvir???...só foi pena...que com tantos falecimentos ontem...não houvesse feriado hoje...

Continua a ter uma boa semaninha.

Um beijinho*

Anónimo disse...

Morreu... Paz à sua alma... Mas a história não se reescreve ou branqueia. Cunhal idolatrava o ditador e criminoso que foi Stalin, responsável por centenas de milhares de crimes, e só comparável, no sec. XX, a Adolf Hitler. Chamou-lhe mesmo o "Sol que ilumina a Terra". Ele próprio só não se tornou um dos piores ditadores que Portugal conheceu, porque não conseguiu.. Porque será que os ditadores conotados com a esquerda são sempre branqueados?

Agnelo Figueiredo disse...

Zé Fontinha,
"Stalin ... centenas de milhares de crimes..." Ó meu caro, 25 MILHÕES directos, MILHÕES!!´
Foi obra desenganada!

Anónimo disse...

Um dia, num funeral, o padre dizia do homem que jazia no féretro:
- Era um homem bom. Bom pai, bom marido.
A viúva que tinha passado as "passas do algarve" virou-se para o filho e disse:
- Filho vai ver quem é que está no caixão pq o padre não está, concerteza, a falar do teu pai.
Concordo com o princípio defendido pelo Azurara. Não podemos caír no lugar comum e na hipocrisia de achar que todos os mortos foram explêndidos em vida.