De acordo com o Público citando fontes policiais, os "excluídos" eram residentes na região de Lisboa (Amadora e Cova da Moura) e terão estado "a banhos" ontem pela tarde em Carcavelos.
Afinal, isto é tudo muito simples e, até mesmo, natural:
Estes desprotegidos, ontem foram à praia mais próxima e foram corridos pela polícia. Por isso, terão resolvido procurar uma outra praia onde não fossem reprimidos. Escolheram a Quarteira e vieram de véspera. Imagino a enorme dificuldade com que terão feito a viagem. Coitados. Pobres e sem dinheiro para coisa nenhuma, quanto mais para o bilhete, estou a vê-los pendurados nos estribos do comboio, correndo risco de vida. Outros, mais afortunados, terão esticado o dedo e apanhado uma boleia. Automóvel próprio? Isso é só para os "gajos" ricos.
E assim, como todas as dificuldades inerentes à sua condição de excluídos, lá conseguiram chegar ao Algarve, onde, sabe-se lá em que condições, passaram a noite. Há quem diga que foram a uma "rave" numa discoteca de Albufeira, mas é tudo mentira. Isso é coisa que custa muito dinheiro, só ao alcance de gente rica, e com a qual estes "casos sociais" nem sonham. Provavelmente, terão dormido ao relento, talvez na praia, sabe-se lá, em condições mais que degradantes.
Pela manhã, juntaram-se no "calçadão" da Quarteira e... zás! A GNR a pedir-lhes a identificação. Ó supremo vexame! "Então, não se pode ir à praia de Carcavelos; vem a malta para o Algarve, e nem aqui nos deixam em paz?" Claro que um tipo fica (ainda mais) revoltado...
Tornam-se necessárias medidas imediatas.
Senhor Primeiro-Ministro, intervenha com urgência.
- Dê ordens à CP para transportar para o Algarve, ida e volta, estes "casos sociais", gratuitamente;
- Mande a Segurança Social criar centros de acolhimento no Algarve onde estes desafortunados possam tomar uma refeição quente e dormir em condições aceitáveis;
- Distribua cartões de "excluído social" que garantam a entrada gratuita em todas as discotecas do País.
- Dê ordens às forças policiais para não importunarem estes "insurgentes" e para aconselharem os outros cidadãos a permanecer em casa.
A
PS. Parece que o Presidente Capucho tinha razão: os "insurgentes" não eram mesmo de Cascais.
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