Ontem alertei para o problema desta greve de professores e da sua impopularidade.
Hoje, ao ler o Público, dei com estes comentários, todos na mesma página, em catadupa:
Professores sem patriotismo Por JR - Águeda
Os sindicalistas têm como objectivo garantir o seu lugar e não defender os profissionais. Por outro lado, os senhores que se dizem professores deviam preocupar-se com o futuro dos seus alunos, colocando estes interesses acima do seu egoísmo próprio. Sem o bom exemplo dos professores não podemos ter no futuro uma sociedade com bons profissionais. Também sou trabalhador, mas estou inteiramente em desacordo com esta atitude de uma classe, já por si, bastante privilegiada.
Médicos Por JC - Lisboa
Não vejo o Governo violar o direito à greve desta maneira quando há greves de médicos/transportes/controladores aéreos/tribunais. E quanto ao prejuízo dos alunos: então e os prejuízos dos professores? Há alguma greve que quando se faz não saia alguém prejudicado?
Os maus serviços ao país Por Rui - Aveiro
Passamos a vida a dizer que deve haver mais autoridade no nosso país e que tudo vai mal, mas quando essa autoridade e rigor entra no nosso "quintal" já ninguém concorda e vai de fazer greves. Srs. sindicalistas tenham um pouco mais de patriotismo e olhem para o umbigo porque todos temos que pagar a crise.
A vergonha habitual Por er - Guimaraes
Por que será que a população portuguesa tem uma má imagem dos professores? Por que será que os professores não querem ser avaliados e promovidos pelos seus méritos mas sim por anos de serviço? Será razoável que usem o legítimo direito à greve numa altura crucial para milhares de jovens, começando desde já por perturbar esses jovens e todo o esforço de um ano quando deviam estar preocupados e solidários com os alunos?
Não serão impreteríveis? Por Anónimo - Lisboa
O sr. dr. Paulo Sucena, que terá ficado chocado por esta medida do governo querer dizer que "todas as actividades das escolas são actividades sociais e impreteríveis", está a mostrar uma vez mais o que os sindicatos dos professores e afins pensam das actividades escolares. Não serão elas efectivamente actividades "impreteríveis"? A educação não é efectivamente algo inadiável e impreterível? Ou serão apenas as regalias e os direitos de alguns (os pseudo-professores) intocáveis e inadiáveis? Andamos há demasiado tempo a brincar com a educação dos nossos alunos e a factura eles vão pagá-la muito cara. Mas isso é problema deles (alunos, claro), pois os nossos professores "profissionais" e os nossos "sindicalistas" esses já têm o seu rendimento mensal garantido há muito.
Greve dos professores Por Um artista - Castelo Branco
Faz muito bem. Acabem com os 1300 professores colocados nos sindicatos e pagos pelo Estado e vão ver como a coisa pia fino.
Direitos Por Mª Isabel Fontinha - Corroios
Estou completamente de acordo com a decisão tomada pelo governo. Um princípio fundamental da liberdade/democracia diz que "a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros". Por isso, e apesar de ser 100% a favor das greves, neste momento tenho uma filha que começa os exames do 12ºano e penso que o direito dos professores não pode colidir com o direito dos alunos, porque se assim for, é sinal de que temos maus professores e não bons professores.
Boa medida? Por Celeste - Abrantes
Muito interessante esta. Para não prejudicar os exames então prejudicam-se os outros alunos que ainda têm aulas e com testes marcados? Mas onde é que isto já se viu? Não percebo, então para que vai servir a greve? Assim quem está de greve são os alunos, que por causa dos exames ficam sem aulas. Realmente, remenda-se um buraco e abre-se outro noutro lugar...
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