anda confusa!
É sabido que se pretende aumentar a escolaridade obrigatória para 12 anos. També é sabido que a maioria dos alunos que concluem o 9º ano não reunem condições, por falta de conhecimentos estruturantes, para seguirem o currículo de um curso geral do ensino secundário. Por isso, tudo aconselha a que se criem, ao nível do secundário, vias alternativas de formação eminentemente qualificantes para o exercício de profissões. Cursos, especialmente pensados para a maioria dos alunos que não têm, já hoje, sucesso no ensino secundário. Todavia, diz a senhora Ministra em entrevista ao DN:
DN - Será possível um secundário sem exames para quem não pretenda entrar no ensino superior?
ME - É uma hipótese, embora considere que é necessária uma avaliação externa em fim de ciclo. E também não concebo áreas formativas no secundário que não permitam o acesso ao superior. Essa via tem que estar sempre aberta. Mas temos de reduzir o número de exames do 12.º ano, que é demasiado.
DN - O que é que a diversificação de ofertas do ensino secundário vai resolver?
ME - Pode permitir a resolução de vários problemas críticos no nosso sistema de ensino. Pode resolver o problema da sua performance no geral. Neste momento há um peso excessivo dos cursos gerais, que absorvem a maior parte dos alunos com taxas de sucesso inaceitáveis. 35% começam a repetir no 10.º ano, no 11.º já são 40% e depois 50% no 12.º
Ou seja:
A senhora diz que há um excesso de cursos gerais e que os alunos "chumbam" muito nestes cursos. Mas diz que só quer cursos que dêm acesso ao ensino superior.
Haverá por aí algum médico que prescreva uma terapêutica capaz de eliminar este estado confusional?
2 comentários:
Estou com cólicas horríveis, acompanhadas de danada diarreia, causadas por melão estragado.
Chego ao médico:
- Olhe, coma mais meia dúzia de fatias do tal melão, que isso passa. É preciso atacar o veneno com o mesmo veneno, para se anularem. É a chamada lei universal de mata-se o cão com o pelo do mesmo cão.
Brilhante! E surrealista!
Cá vamos...
Eu não consigo compreender o que se passa. Conheço alguns professores e todos me dizem que os alunos respondem cada vez menos às exigências e que vêm muito mal preparados dos anos anteriores. E a solução tem passado por facilitar e exigir menos (avolumando a bola de neve). Partindo do princípio que os professores continuam os mesmos, o que mudou? Terão sido as malfadadas reformas (eu passei por duas, pelo menos) que antes de dar frutos já estavam a ser postas de parte...? Parece que nesta área ninguém se entende lá para os lados do ministério. Todos os anos há novidades. Somos 3 lá em casa, e todas entrámos no ensino superior por meios diferentes...
A quem está por dentro: o que está a falhar, afinal?
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