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12 de junho de 2005

Augusto Santos Silva (ainda)

Na entrevista ao DN que referi no post anterior, lê-se este diálogo perfeitamente elucidativo da forma singela como os ideólogos socialistas distorcem os factos, fazendo parecer verdade o que é falso.
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DN - Como se explica que o Governo já tenha feito "n" nomeações, quando tinha dito que só o faria quando existisse uma nova lei para os altos cargos da função pública?
ASS
- O Governo nomeou cumprindo a palavra que deu: que o Governo se autovinculava às normas que propunha. Podíamos ter usado a lei vigente, mas já estamos a praticar a nova lei antes de ela ser aprovada. O Governo tem limitado as substi­tuições aos casos de vacatura de cargo ou de demissões apresentadas voluntariamente pelos próprios ou em direcções-gerais que condu­zem políticas e que devem ser diri­gidas por pessoas que estão con­sonantes com as novas políticas.
DN - Na Águas de Portugal não tinha termi­nado o mandato nem se tinham demi­tido os administradores, o Governo é que os demitiu, por isso vai ter que os indemnizar...
ASS - Houve mudança de orientação polí­tica numa área estratégica. Em políticas públicas de natureza estra­tégica, seria uma ilusão pensar que se podia trabalhar com quem está vinculado a orientações políticas de sinal contrário.
DN - Onde está a contenção de que o Go­verno fala quando é nomeado Fernando Gomes para a Galp?
ASS
- Trata-se de um economista de formação, que abandona a sua car­reira política e que, do meu ponto de vista, tem competência para gerir grandes empresas, não só porque é economista, mas porque geriu a segunda maior câmara do Pais, como foi membro do Governo, e portanto está habituado a lidar com orçamentos muito grandes. Trata-se de uma pessoa que deu muito ao Pais no exercício de car­gos políticos e cujas competências serão agora aproveitadas nesta empresa.
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O que quer dizer que em 36 dias houve 984 mudanças de "orientação polí­tica" em "áreas estratégicas"...

2 comentários:

Anónimo disse...

do dn de hoje - luís Marinho- politicamente afecto e nomeado pelo PSD

Pergunta -Aliás, este ano, pela primeira vez na RTP, mudou o Governo e não mudaram a administração nem as direcções, como aconteceu, aliás, quando o PSD e o CDS chegaram ao poder, em 2002...

resposta-Foi um excelente exemplo e um passo muito importante para o crescimento da democracia. É bom que os governos olhem para isto de uma forma descomprometida, analisando o trabalho das pessoas do ponto de vista profissional. Se o trabalho é bom, as pessoas continuam. Se o trabalho é mau, então pára-se.
Mocho

Agnelo Figueiredo disse...

Está calado.
O Almerindo Marques, presidente da RTP, afecto ao PS, foi nomeado pelo PSD.
Não distorças os factos.