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6 de fevereiro de 2005

O combate ao desemprego

Um pouco por todo o lado – jornais, blogs, discursos políticos – vamos ouvindo a recriminação do Governo por não ter evitado a falência ou a deslocalização de empresas, aumentando, assim, o desemprego.
Não sou, longe disso, um especialista em economia, e muito menos em macro-economia. Todavia, parece-me que se limitam a afirmar o óbvio: se o desemprego não tivesse aumentado, haveria mais dinheiro a circular, logo mais consumo, logo melhores condições para as empresas, logo mais impostos arrecadados e menos despesa social em subsídios de desemprego.
Ora, como disse, isto é óbvio mas não acrescenta nada. Não aponta alternativas. Não avança com propostas de acção.
Como não as sei, pergunto:

  1. Como é que um Governo pode evitar que as empresas encerrem por falência?
  2. Como é que um Governo pode evitar que as empresas deslocalizem as suas unidades de produção?
  3. Como é que um Governo cria empregos sem ser na sua área de competência – a administração pública?

Nada de retórica.
Medidas concretas e objectivas, por favor.


2 comentários:

João Campos disse...

Resposta de um aluno de Jornalismo (que chumbou a Economia, mas que ainda assim se lembra de qualquer coisita):

1) Não evita. A menos que as subsidie - o que é insano -, não pode evitar as empresas de falirem. A solução para o caso das empresas nacionais seria uma espécie de proteccionismo económico à moda antiga - com impostos sobre produtos importados, etc, acompanhado por uma sensibilização à compra de produtos nacionais. Evidentemente que ambas são impraticáveis, uma vez que a nossa inserção no mercado europeu inviailiza o proteccionismo, e porque a mentalidade do "estrangeiro é que é bom e dá status" já vem de há séculos atrás.

2) Não pode. Ou pelo menos não pode nas condições que Portugal pode oferecer. Com o Leste europeu a oferecer uma mão de obra incomparávelmente mais qualificada, mais trabalhadora e - muito importante - mais barata, que querem os portugueses? Milagres? Verdade seja dita: um ucraniano vale quase dois portugueses a trabalhar. E sabe muito mais daquilo que está e que não está a fazer.

3) (Já cansado de começar respotas da mesma maneira) Não cria. Vamos ao concreto: se Sócrates quiser dar os empregos que prometeu, terá de enfiar essa gente toda na Função Pública. Não há empresas estatais suficientes para isso. E não estou a ver forma de o sector privado a absorver: se precisasse, já a tinha ido buscar. A menos que o governo socialista transforme Portugal num paraíso para a recolocação de empresas internacionais, os... quantos? 150000 desempregados? irão continuar desempregados. A menos que se torne o aparelho da Função Pública não num elefante, mas numa baleia azul fora de água, em rota de afogamento. Ou que se enfie essa gente toda nas forças armadas (creio que o efeito seria mais ou menos o mesmo, a menos que declarássemos guerra a Espanha, ou à Madeira). Ou então que retomemos autos-de-fé e criemos campos de concentração.

Estrela do mar disse...

...diminuindo os impostos das próprias empresas...mas obrigarem-nas a não fugir ao fisco...evitando a mão-de -obra barata "fechando" a entrada de mais estrangeiros...enfim...estas e outras mais...

Um beijinho*.